O Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, apresenta a partir de 20 de janeiro o trabalho de 11 estilistas com o tecido chita, definido pelo dicionário Aurélio como “tecido ordinário de algodão e estampado em cores".
Amapô, André Lima, Glória Coelho, Karla Girotto, Lino Villaventura, Madalena, Marcelo Sommer, Neon, Raia de Goye, Reinaldo Lourenço e Ronaldo Fraga criaram peças exclusivas para a exposição.
De acordo com o material de divulgação do Museu, a história da chita traz um pouco da trajetória da alma brasileira. A malícia e a alegria descarada se combinam nas cores e misturas descontroladas das estampas, que vestiram escravos, camponeses, tropicalistas, personagens da literatura, teatro, novela e cinema, sem perder a inocência. A chita possui ancestrais ilustres: surgiu na Índia medieval e conquistou europeus, transpondo mares, povos e culturas para virar vestidinho de menina nas quadrilhas juninas, cortina e toalha de mesa em casa de pau-a-pique pelos cantos do Brasil. Hoje, o que se chama de chita não é mais de puro algodão, e nem todo pano de algodão estampado é chita. As estampas são muitas, e não só de flores. "Homenagear a chita se inscreve dentro da diretriz atual do Museu de dar visibilidade à imensa riqueza e diversidade cultural brasileira”, diz Adélia Borges, diretora do Museu da Casa Brasileira. Ela defende essa postura não com um olhar nostálgico, mas com uma visão “em que se forja o nosso futuro a partir de nossas raízes culturais”.
Serviço
Abertura: 20/1/05, às 19h Visitação: de 21/1 a 20/2/05, de terça a domingo, das 10 às 18h. Idealização: Renata Mellão Curadoria de Moda: Dudu Bertholini Realização: A CASA - casa-museu do objeto brasileiro Ingressos: R$ 4,00 Estudantes: R$ 2,00 Domingo: gratuito Visitas monitoradas: 3032-2564 / agendamento@mcb.sp.gov.br Acesso a portadores de deficiência física. |