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CHITA BACANA
Publicado por A CASA em 20 de Janeiro de 2005
Por Gloria Kalil
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É um algodãozinho ralo e pobrinho. No entanto, porta-se como se fosse o mais fino cetim: é vistoso, tem cores brilhantes e faz bonito em qualquer lugar que esteja. Descobriu desde logo que, para ter seu lugar ao sol, seria melhor tomar algumas providências e dar um realce em sua aparência. Cobriu-se, então, de flores e disfarçou sua origem humilde embaixo de uma grossa maquiagem de goma. Sua intuição estava certa. A chita virou um xodó. Está por toda parte nos lençóis, nas cortinas, nas fantasias das festas populares, nos vestidos das brejeiras Gabrielas e hoje, até mesmo, nos guarda-roupas de sofisticadas Patricinhas. Ela merece o posto que tem. É uma batalhadora que sobreviveu, sem perder a identidade, a todo o tipo de modismo e aos avanços de concorrentes importados. Alegre e florida a chita é a cara do Brasil.
