Dentro de um conceito de respeito ao corpo e suas formas, o objetivo era criar roupas voltadas não a se encaixar em padrões estéticos pré-determinados, mas que se adequassem à personalidade de cada corpo. Assim, a proposta era estudar a coerência entre a criação do traje e a expressão do corpo.
Os artistas usavam técnicas diversificadas como pintura, colagem, tricô, patchwork, bordado, crochê, etc. Os materiais também variavam: de fibras naturais a silicone e vinil. O resultado era a criação de roupas atemporais, que associavam arte, artesanato e técnica, passado e vanguarda.
A museóloga americana Julie Schafer Dale batizou este movimento de Wearable e, em 1973 abriu uma galeria especializada neste tipo de arte: a Artisan’s Gallery, em Nova Iorque. No Brasil, o Wearable foi trazido por Liana Bloisi por volta de 1988, aqui batizado de Rouparte.
Com a tecnologia da era virtual, o conceito de Wearable enveredou por uma nova direção. Numa sociedade cada vez mais “concetada” e com equipamentos cada vez menores, os artistas passaram a desenvolver roupas com acessórios tecnológicos. Mouse, teclado e visor poderiam ser anexados às peças de roupas para permitir ao indivíduo caminhar pelas ruas navegando pela internet, por exemplo.