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MATÉRIA DO MÊS

VESTIR ARTE E LIBERDADE

Publicado por A CASA em 27 de Novembro de 2008
Por Lígia Azevedo

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A Wearable Art – ou Arte Vestível – surgiu nos Estados Unidos na década de 1960, acompanhando a revolução cultural do período. Em resposta à produção em massa da indústria da moda, os artistas da época se voltaram para a produção artesanal de roupas que valorizassem a individualidade das pessoas. Prezando pela criação livre, e por vezes também algo autobiográfica, criavam coleções que utilizavam o corpo como suporte para a criação de obras de arte vestíveis.

 

Dentro de um conceito de respeito ao corpo e suas formas, o objetivo era criar roupas voltadas não a se encaixar em padrões estéticos pré-determinados, mas que se adequassem à personalidade de cada corpo. Assim, a proposta era estudar a coerência entre a criação do traje e a expressão do corpo.

 

Os artistas usavam técnicas diversificadas como pintura, colagem, tricô, patchwork, bordado, crochê, etc. Os materiais também variavam: de fibras naturais a silicone e vinil. O resultado era a criação de roupas atemporais, que associavam arte, artesanato e técnica, passado e vanguarda.

 

A museóloga americana Julie Schafer Dale batizou este movimento de Wearable e, em 1973 abriu uma galeria especializada neste tipo de arte: a Artisan’s Gallery, em Nova Iorque. No Brasil, o Wearable foi trazido por Liana Bloisi por volta de 1988, aqui batizado de Rouparte.

 

Com a tecnologia da era virtual, o conceito de Wearable enveredou por uma nova direção. Numa sociedade cada vez mais “concetada” e com equipamentos cada vez menores, os artistas passaram a desenvolver roupas com acessórios tecnológicos. Mouse, teclado e visor poderiam ser anexados às peças de roupas para permitir ao indivíduo caminhar pelas ruas navegando pela internet, por exemplo.