O amor pela cerâmica levou a artista Stella Ferraz a trilhar um caminho que já tem quase 30 anos. Recém casada na década de 70, ela foi à Ilha de Marajó e a Santarém, no Pará, conhecer a produção local e, em seguida, visitou o Japão e a Escandinávia. Em Londres, onde morou, fez cursos especializados. ”Gosto de mexer com o barro desde menina; as aulas na escola eram um prazer!”
Desde então, a dedicação e desenvolvimento de técnicas tomaram conta da vida da artista.O entusiasmo a levou a cada ano crias coleções que utilizavam várias técnicas, como os chapéus em “pinching” feitos para o teatro na peça “ Brasileira de Paris’.
Em 2007, numa viagem à Grécia, ficou cativada pelo azul-turquesa do mar.”Levei meses até conseguir reproduzir esse tom na cerâmica”, recorda.
Essas viagens a influenciaram: as linhas de seu trabalho são limpas, essenciais, sem sombras. Os detalhes estão nas cores, no relevo, na textura, no esmalte.
Não por acaso, Stella define suas tigelas, xícaras, vasos, pratos e bandejas como “superutilitários”, já que produz objetos mais resistentes, que podem ser colocados no microondas, freezer e lava-louça.
Em 2008, Stella se envolve com as cores e motivos da fauna e flora brasileiras e cria uma coleção com palmeiras, coqueiros, orquídeas e bromélias. Indo para o mar com peixes, siris, conchas e corais. Misturando verdes, vermelhos e turquesas, Stella mostra uma nova pintura, como se estivesse aquarelando seus pratos.