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A CASA E O MUNDO

ARTIGO

DA 'RENDA ROUBADA' À RENDA EXPORTADA: A PRODUÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DA RENDA DE BILROS EM DOIS CONTEXTOS CEARENSES

Publicado por A CASA em 18 de Dezembro de 2009
Por Julia Dias Escobar Brussi

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1 – A presente trama

A escolha de um tema a ser investigado sempre envolve a subjetividade e as preferências do pesquisador. Com a presente dissertação não foi diferente. Os trabalhos que envolvem fios em sua confecção – como os bordados, as rendas e o croché – sempre se fizeram presentes na minha vida. Assim, minhas primeiras lições nesse campo foram dadas por minha avó materna, que, aliás, julgava que meu aprendizado tinha se iniciado tardiamente: “Onde já se viu, uma menina com sete anos não saber fazer uma trança?”. Desde então, meus conhecimentos e habilidades manuais se ampliaram, assim como meu interesse pelo assunto. Tive contato e aprendi algumas técnicas de tecelagem e bordados. A renda de bilro, no entanto, se apresentava enquanto uma prática distante, com a qual só tinha contato nas férias de verão no litoral, em Santa Catarina e no Ceará. É interessante ressaltar que, apesar do meu contato com a renda de bilro, mais especificamente, ser recente, a experiência com as referidas técnicas teve grande valia ao longo do meu trabalho de campo entre as rendeiras, uma vez que me “aproximava” e favorecia um outro olhar sobre o processo de produção da renda.

A delimitação do campo teve início durante uma viagem a Fortaleza, ainda no ano de 2007, quando participei de um congresso de folclore. Aproveitei tal oportunidade para realizar um levantamento pré-campo. Nessa viagem fiz contato com algumas rendeiras, visitei o Mercado Municipal, o Centro de Artesanato estadual e recolhi material bibliográfico nas bibliotecas locais.

Meu propósito, durante essa viagem, era encontar o que acreditava ser o campo “ideal” para realização da minha pesquisa, uma localidade rural e interiorana, na qual se produzissem rendas de bilro. Na ocasião, tomei conhecimento de que nas proximidades de Cascavel, cidade situada a menos de 60 quilômetros de Fortaleza, havia vários povoados rurais nos quais eram produzidas rendas de bilro que eram comercializadas, principalmente, na feira semanal daquela cidade. A preferência pelo interior se deu em função do período no qual desenvolveria o trabalho de campo: nas férias de verão, entre janeiro e março. Dessa maneira, intencionava evitar o litoral durante essa época, pois acreditava que a grande movimentação de turistas poderia “criar ruídos” em minha observação, além de demandar maior atenção das rendeiras, o que, certamente, dificultaria nossa interlocução. Não obstante tais preferências, fui visitar a Prainha, povoado localizado a apenas 20 quilometros da capital, no qual se encontra o Centro das Rendeiras da Prainha, que eu já conhecia "de nome"(1). Posteriormente, quando já havia encontrado o campo “ideal”, tais elementos, relacionados ao turismo, tornaram-se extremamente ricos e iluminadores. Assim, o meu contato com as rendeiras da Prainha permaneceu durante as duas viagens que ainda faria ao Ceará.

Em janeiro de 2008 cheguei pela primeira vez em Cascavel, carregada com todo aparato que uma “antropóloga de primeiro campo” julga, minimamente, necessário. Planejava ir à feira já, no primeiro sábado, na expectativa de encontrar alguma rendeira que residisse em um povoado rural próximo e que - e essa era a parte mais complicada – estivesse disposta a me “acolher”, por um mês, ou mais. Já na feira, me aproximei e fiz a mesma tentativa frustrada algumas vezes: chegava, me apresentava e perguntava onde moravam, ao que obtinha de resposta nomes de diversos povoados para mim desconhecidos. Quando elas percebiam que não estava interessada em comprar rendas, rapidamente se esquivavam da conversa. A única de quem me aproximei e que deu continuidade ao diálogo, foi Dona Creusa. Ela contou que morava em Alto Alegre, um povoado próximo a Capim de Roça, pertencente ao município de Pindoretama. À medida que ela descrevia o lugar, eu me convencia que havia encontrado o, tão buscado, campo “ideal”. O povoado constituia-se, na sua fala, de uma rua com cerca de 200 casas, cujos moradores são todos parentes e a principal atividade era a agricultura. Além disso, tanto no povoado como nos seus arredores residiam mulheres que produziam renda de bilro.

Meu “interrogatório” era interminável e, pacientemente, Creusa respondia a tudo. O “expediente” das rendeiras na feira estava chegando ao fim e ela me perguntou se gostaria de acompanhá-la, pois iria fazer sua feira antes de voltar para casa. Plena de satisfação respondi, prontamente, que adoraria. Durante esse percurso, aproveitei para expor as minhas pretensões de pesquisa e para justificar a necessidade de me estabelecer, temporariamente, em Alto Alegre. Após fazer várias ressalvas acerca da simplicidade do local e me alertar sobre a deficiência de um de seus filhos, Creusa ofereceu-me hospedagem na casa que sua filha – que mora em Fortaleza – estava construindo próxima à sua. Combinamos de nos encontrar na feira seguinte, no lugar das rendeiras, de onde seguiríamos juntas para Alto Alegre. Dessa maneira cheguei ao povoado de Alto Alegre.

Tive a oportunidade de realizar o trabalho de campo em duas etapas: a primeira, realizada em 2008, que durou dois meses e a segunda, em 2009, um mês. Em ambas viagens, permaneci a maior parte do tempo em Alto Alegre e realizei visitas esporádicas à Prainha. Essas visitas variaram entre um e cinco dias e, serviram para observar o dia-a-dia do Centro das Rendeiras. No povoado, além de acompanhar a rotina de algumas rendeiras e a produção das peças, eventualmente, visitava rendeiras dos arredores. Ao longo desse tempo, pude observar e registrar todas as etapas da produção dos diferentes tipos de renda de bilro, desde o processo de enchimento da almofada utilizada na confecção da renda até a criação das novidades, na Prainha.

Os dados aqui apresentados resultam de um esforço etnográfico. Dessa maneira, meu caderno de campo era companhia constante, no qual, ao longo do dia, tomava nota dos fatos, dados e falas que, por diferentes motivos, eram considerados mais significativos. Ao final de cada dia as notas eram sistematizadas, em formato digital. A máquina fotográfica digital, sempre em mãos, foi fundamental para o registro das diferentes fases da produção da renda. Esse recurso visual, mostrou-se extremamente importante ao longo da escrita do presente trabalho, uma vez que as fotos retratam processos e movimentos de difícil descrição e, assim, favorece o aprofundamento da análise. Outro recurso foi o gravador digital, utilizado para o registro das entrevistas semi-estruturadas. Dentre as cerca de trinta entrevistas realizadas, 90% ocorreram durante a primeira viagem de campo. Essas gravações foram bastante significativas, no caso da Prainha, na medida em que foram coletados alguns dos relatos mais expressivos registrados neste trabalho. No entanto, em Alto Alegre não se revelou tão adequado. Ao transcrever as entrevistas realizadas na primeira etapa do campo percebi que o gravador constrangia e limitava a fala das rendeiras do interior. Dessa maneira, durante a segunda viagem praticamente não utilizei o gravador, esforçando-me para registrar a maior quantidade possível de dados no diário de campo. É importante ressaltar aqui, que os nomes das pessoas foram todos mantidos(2) e são omitidos apenas nos casos considerados pertinentes.

Minha proposta inicial era investigar o processo de aprendizagem da renda de bilro mas, em pouco tempo, pude perceber que não havia, praticamente, nenhuma transmissão desse conhecimento em curso no povoado. Ainda assim, eu poderia manter a idéia inicial e ressaltar esse fato (dado) como uma condenação de extinção, do desaparecimento dessa habilidade. Poderia, também, poderia enfatizar a produção atual e destacá-la como uma forma de resistência” dessas mulheres, para as quais essa atividade é extremamente importante, tanto pelo aspecto recreativo, quanto pela sociabilização e troca, envolvidos na produção e venda das rendas de bilro. Dessa maneira, a definição do tema se deu de maneira gradual, de acordo com a minha inserção em campo e conforme os dados se apresentavam.

O fato de ter sido introduzida na comunidade pela própria intermediária que, não por acaso, conheci na feira, definiu os rumos da investigação. Hospedei-me em sua casa e, assim, pude acompanhar sua rotina, bem como suas visitas às demais rendeiras e suas idas semanais à feira de Cascavel. Me tornei conhecida, no povoado e fora dele, como a amiga da Creusa e, do mesmo modo que isso abriu algumas portas, fechou outras. Nesse sentido, meu acesso ficou restrito às suas rendeiras, tanto as do povoado como as de fora, e à sua rede de relações mais íntima e cotidiana. É importante destacar, por outro lado, que a companhia constante de Creusa também se apresentou como uma limitação ao trabalho de campo. Ela se esforçava para me acompanhar em todas as visitas aos demais moradores da localidade e, de certa forma, direcionava as conversas, solicitando, por exemplo, que as rendeiras buscassem suas almofadas para que pudesse fotografá-las.

A vivência da feira de Cascavel, na qual ia semanalmente acompanhar a intermediação das peças produzidas em Alto Alegre, foi fundamental para o delineamento do tema do presente trabalho. Se considerarmos as duas etapas do trabalho de campo, fui a dez feiras. Tais experiências permitiram que eu observasse vários momentos da circulação das rendas e chamaram minha atenção para a importância dada pelas rendeiras à venda fiada.

Conforme veremos, há um esforço das rendeiras, tanto as de Alto Alegre, a intermediária ou aquelas do Centro das Rendeiras, para garantir o que chamam dinheiro certo. Essa é a principal característica que aproxima Alto Alegre da Prainha. Embora as estratégias utilizadas sejam distintas em cada caso, pude constatar que em ambos os povoados a encomenda, principal representante do dinheiro certo, figura entre as modalidades de venda mais valorizadas pelas rendeiras.

Dessa maneira, antes de apresentar cada caso analisado (capítulos II e III, respectivamente) e, para melhor compreensão desses contextos, o primeiro capítulo visa aproximar o leitor do tema central da dissertação: a renda de bilro e a rendeira. Nele é apresentado um breve histórico acerca do surgimento e origem da renda de bilro. Em seguida, passo a descrever do processo de “construção” da rendeira, por meio do qual se incorpora a habilidade e se adquire o hábito que, com o passar do tempo, assume uma conotação de entretenimento, de passatempo. Ao mesmo tempo, tal processo encontra-se inserido em uma ética de valorização do trabalho e depreciação do ócio. Essa exposição ancora-se nas memórias relatadas pelas rendeiras de ambos os povoados, acerca de suas próprias aprendizagens. Tais relatos ressaltam, ainda, a percepção desse grupo de mulheres constituído majoritariamente por senhoras acima dos cinquenta anos – sobre as mudanças que vem se processando na criação das crianças e jovens, que não mais incorpora o conhecimento da renda de bilro(3).


Os dois capítulos seguintes (II e III) versam sobre a produção e a comercialização da renda de bilro em Alto Alegre e na Prainha, respectivamente. Em cada um dos casos analisados apresento o povoado, o tipo de renda confeccionada e o modo como é vendida. O contraste entre tais realidades se mostrou interessante, pois ao mesmo tempo em que são localidades próximas geograficamente, revelam-se distantes do ponto de vista da organização das relações produtivas e da divisão do trabalho relacionada à renda.

2 - Outras tramas...

O maior obstáculo encontrado ao longo da presente pesquisa foi a carência de trabalhos existentes sobre o tema; o que restringiu, sobremaneira, a obtenção de referências bibliográficas. Considerando que o número estimado de artesãos no Brasil, de acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior, aproxima-se dos oito milhões, e que o fato dessa atividade constituir-se em importante fonte de renda para muitas famílias de todo país, observa-se que a produção acadêmica sobre o tema, principalmente nas Ciências Sociais, é baixa. Ao realizarmos um levantamento de tais trabalhos, constatamos que, durante muito tempo instaurou-se praticamente um vácuo sobre o assunto; situação que vem se revertendo lentamente, nos últimos anos (Ver Angelo, 2005 e Lima, 2005). No que tange, especificamente, à renda de bilro, tal produção é mais recorrente nos estados tradicionalmente produtores.

No presente trabalho, a pesquisa bibliográfica acerca da renda de bilro se estendeu desde o pré-campo até a presente data. Em minha primeira visita à Fortaleza, em 2007, realizei levantamentos de dados na Biblioteca Pública Estadual Governador Menezes Pimentel e na Biblioteca de Ciências Humanas da Universidade Federal do Ceará. Nessa oportunidade, visitei o Mercado Municipal e a sede da Central de Artesanato do Ceará. Na primeira fase da pesquisa de campo fiz um levantamento na Biblioteca Municipal de Cascavel, onde coletei informações sobre a feira da cidade. A internet também se revelou um forte aliado na busca por dados e por textos. Dentre os sítios, o acervo do Instituto Brasileiro da Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) foi extremamente útil.

As primeiras informações sobre as rendas confeccionadas no Brasil são encontradas nos relatos dos viajantes. Assim, em viagem ao rio Amazonas, Henry Walter Bates (1850 apud Simões,2001) refere-se ao aprendizado da renda de bilro pelas índias Passés aliciadas pelos brancos. Os romances também registram algumas informações, como “O Tronco do Ipê” (José de Alencar, 1871), que faz referência à produção de renda no Rio de Janeiro.

Os primeiros a pesquisarem a renda de bilro brasileira de modo mais sistemático foram os folcloristas. Esse grupo visava resgatar os “fazeres populares”, ou “tradicionais” (conjunto de conhecimentos, festas, crenças, lendas, danças, músicas, entre outros), que integravam a chamada “identidade nacional” e que se acreditava estar “em vias de extinção” (Fleury:2002:280). O termo folclore (folk – povo e lore – saber) foi cunhado primeiramente pelo antropólogo inglês Willian John Thomas, em 1846, em referência a tudo que abrangia as “antiguidades populares”, inclusive os usos e costumes “tradicionais”. No entanto, o fato de priorizarem o “registro”, “catalogação” ou “documentação” do maior número de dados folclóricos, fez com que não se dedicassem a análises mais aprofundadas dos diversos contextos nos quais esses elementos se apresentavam. Tal atitude garantiu às gerações futuras um mapeamento sobre as práticas culturais “populares”, que constitui importante fonte de consulta aos pesquisadores que os sucederam.

Dentre os folcloristas mais renomados, Câmara Cascudo foi quem dedicou maior atenção às rendas de bilros. Ele realizou pesquisas etnográficas sobre a rede de dormir e a jangada, elementos do universo litorâneo, no qual a renda também se insere. Dessa maneira, na última edição de seu “Dicionário do Folclore Brasileiro (2000) a única renda a que se destina um verbete exclusivo é a renda de bilro.

A ‘abertura’ da antropologia na década de 50, que passou a se dedicar a “outros” mais ‘próximos’ geográfica e culturalmente, abriu espaço para o estudo de temas antes considerados de domínio dos folcloristas. Não obstante a pesquisa antropológica geralmente tenha como base um trabalho de campo, em local específico, os primeiros antropólogos a se dedicarem ao estudo da renda de bilro seguiram uma tendência mais ‘folclórica’, de catalogação e classificação geral. Em “A renda de bilro e sua aculturação no Brasil” (1948), Luiza e Arthur Ramos fazem uma retrospectiva acerca da história dessa técnica, descrevem os instrumentos utilizados em sua confecção, seus pontos e dedicam o último capítulo ao folk-lore da renda (mitos, canções, histórias e versos), considerada enquanto um “traço de folkcultura dos mais característicos de certas áreas do território brasileiro” (1948:3). Os trabalhos subsequentes, embora tenham se concentrado em regiões específicas, como Santa Catarina ou Rio de Janeiro, seguiram uma tendência semelhante ao do casal Ramos, mas acrescentaram discussões acerca das condições de produção e sua comercialização (Girão,1966; Frade,1978; Oiticica, 1967; Soares,1987).

A produção científica da década de 1980 dá continuidade a essa tendência, no entanto incorpora a abordagem marxista para a análise dos fenômenos da denominada “cultura popular”. O trabalho de Beck (1983), por exemplo, apresenta aspectos de reprodução familiar e da incorporação da mulher no mercado. Canclini também lança mão dessa abordagem em “As culturas populares no capitalistmo” (1983), ao indagar acerca dos motivos e dos meios que o sistema social possui para incentivar e transformar as culturas das classes populares. Em sua análise, ele compara uma região “fortemente integrada ao desenvolvimento capitalista, ao turismo, às comunicações e à ação dos organismos oficiais” às “pequenas vilas de oleiros e agricultores da serra, que se organizam em torno de unidades domésticas de produção e mantêm festas e feiras” (Canclini,1983:13). Nesse sentido, o presente trabalho também estabelece paralelos entre dois contextos análogos, um no litoral e com forte presença de turistas e outro interiorano de subsistência agrícola(4).


Outra importante fonte de dados sobre a renda de bilro no Brasil provem de estudos e pesquisas financiadas por órgãos estatais, como ministérios e bancos. O foco principal desses trabalhos é a análise sócio-econômica e eles buscam contribuir para a elaboração de políticas públicas de desenvolvimento local, voltadas, principalmente, para o turismo e o comércio exterior (Relatório, 1958: Relatório, 1969; Barros, 1977).

Após mais de uma década com uma produção acadêmica de pouca expressão, na última década o tema voltou a ganhar algum espaço. Dentre os trabalhos dessa fase mais recente, podemos citar o de Fleury (2002), Angelo (2005), Bühler (2005), Dantas (2006). Dessa maneira, o presente trabalho pretende reforçar do debate e contribuir para o adensamento do debate acerca da produção de artesanato enquanto uma importante alternativa de fonte de renda.


NOTAS

1. Por meio de referências na internet, de rendeiras de Fortaleza e de familiares que já haviam visitado o povoado.

2. Todas as pessoas foram consultadas e autorizaram o uso de suas identidades no presente trabalho.

3. Embora os dados aqui apresentados apontem para possibilidades interessantes quanto a questões de gênero e parentesco, não obtive dados suficientes para inserir tais análises. Com relação ao gênero, é importante ressaltar que, além da sua participação na produção da renda ser secundária, no interior a maior parte das rendeiras já era viúva, enquanto no litoral não tive a oportunidade de frenquentar suas casas, uma vez que, com poucas exceções, nosso contato restringia-se ao Centro das Rendeiras.

4. É importante destacar que só tomei conhecimento da dita obra na fase final da presente pesquisa.


CAPITULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO "DA 'RENDA ROUBADA' À RENDA EXPORTADA: A PRODUÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DA RENDA DE BILROS EM DOIS CONTEXTOS CEARENSES". LEIA A DISSERTAÇÃO NA ÍNTEGRA 

(http://vsites.unb.br/ics/dan/Dissertacao253.pdf)



Bibliografia Associada:

Da “renda roubada” à renda exportada: a produção e a comercialização da renda de bilros em dois contextos cearenses