Prêmio renda poética da palha couro cerâmica videoteca artesanato clipping vestuário cerro azul design guia do objeto brasileiro Renato Imbroisi newsletter projeto corrente ações sócio-ambientais
Faça seu Login para que possamos configurar a navegação de acordo com as suas preferências.
Não está cadastrado?Clique aqui.

BIBLIOTECA

ARQUIVO:
COLEÇÕES
BIBLIOTECA
VIDEOTECA
EXPOSIÇÕES VIRTUAIS
SOCIOAMBIENTAL
A CASA E O MUNDO

MATÉRIA DO MÊS

BRASIL SOB OLHAR INGLÊS

Publicado por A CASA em 30 de Março de 2010


Diminuir o texto Tamanho da letraAumentar o texto

No dia 25 de fevereiro, um grupo de curadores de destacadas instituições inglesas desembarcou no Brasil para conhecer de perto o que há de melhor em arte, design e artesanato no país. Trata-se do projeto Forming Ideas, programa de desenvolvimento profissional financiado pelo Arts Council britânico, direcionado a curadores de galerias de artes, museus ou independentes da Inglaterra, que tem o objetivo de ampliar e fortalecer o debate em torno prática artesanato contemporâneo.

O programa consiste na promoção de uma série de visitas internacionais, conferências e debates on-line visando criar uma network entre profissionais da área. De acordo com Ann Jones, diretora de projetos do Forming Ideas, trata-se de "fomentar parcerias de trabalho que irão conduzir a futuros projetos colaborativos". O grupo, que já passou pelo Egito, em 2008, e pelos cinco países nórdicos - Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega e Islândia -, em 2009, esteve no Brasil até o dia 12 de março.

De acordo com Jones, o Brasil foi um dos países escolhidos "devido ao design inovador e projetos de engajamento social e ao modo em que os artistas do Brasil se relacionam com os seus materiais". Durante a estadia, passaram por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Em São Paulo, visitaram diversas instituições como A CASA museu do objeto brasileiro, Artesanato Solidário, Museu da Casa Brasileira, Museu de Arte Moderna, Capela do Morumbi, Instituto Tomie Ohtake, Instituto de Arte Contemporânea (IAC), Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, Galeria Vermelho, Galeria Choque Cultural, Galeria Luciana Brito, Galeria ,Ovo, ateliê dos Irmãos Campana, ateliê de Luiz Hermano, além das feiras 16ª Craft Design e 17ª Paralela Gift. Também entraram em contato com o trabalho de profissionais como Caio Medeiros e Daniela Scorza, do Estudio Manus, Domingos Tótora, Jum Nakao, Miriam Pappalardo, Paula Dib e Paulo Roberto C. Foggiato, e conheceram os projetos Design Possível, Arrastão e Ateliê Acaia. No Rio de Janeiro, o ateliê de Ernesto Neto, a Associação Cultural "O Mundo de Lygia Clark", e a Coopa-Roca foram alguns dos lugares visitados. Em Minas Gerais, foram ao ateliê de Máximo Soalheiro, ao Museu de Artes e Ofícios, ao Museu de Arte da Pampulha e, recebidos por Fernando Maculan, conheceram trabalhos e projetos de diversos profissionais.

"A visita foi extraordinária! Os curadores tinham interesses muito diferentes e vimos muitas coisas com uma qualidade fantástica. Pessoalmente, meus destaques foram o Ateliê Acaia, de Elisa Bracher, o estúdio de Máximo Soalheiro e a visita à Pampulha e Inhotim, em Minas Gerais - mas os meus colegas terão outras histórias!".

Jones explica que, agora, o grupo precisa de tempo para digerir toda a gama de trabalhos que foram vistos antes de começar a abordar a forma de como o conhecimento adquirido será transmitido. "É claro que estamos cheios de idéias para exposições e apresentações de trabalhos brasileiros no Reino Unido, mas resultados mais tangíveis como exposições podem demorar mais para aparecer", afirma. "No curto prazo (próximos meses), esperamos poder realizar discussões e apresentações no Reino Unido com a participação de alguns dos nossos colegas brasileiros. No longo prazo, exposições e projetos. Eu também gostaria de ver um evento maior, que reunisse as questões comuns observadas em todas as nossas visitas - uma questão em particular, é sobre como a identidade cultural pode ser percebida/transmitida através do ofício artesanal", completa.

Jones não tem dúvidas de que o encontro entre designers e artistas brasileiros e curadores ingleses é de grande importância. "Nós podemos aprender muito uns com os outros. Nossa prática contemporânea é formada por diferentes histórias, tradições e contextos. Ao compreender outras culturas, podemos atingir nosso melhor e, ouvindo as opiniões e idéias dos outros, podemos abrir nossas próprias cabeças".