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LOUÇA MORENA DO POVOADO DE POXICA

Publicado por A CASA em 16 de Dezembro de 2010
Por A CASA museu do objeto brasileiro

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Sabe-se bem que objetos carregam consigo histórias de quem os fez. E a reunião de objetos em uma exposição como esta traz à luz uma série de histórias.

Ao adentrar o espaço expositivo, o visitante será transportado a Poxica, povoado de Itabaianinha, região centro-sul do estado de Sergipe. Por intermédio dos pratos, potes, vasilhas e tigelas aqui expostos, irá conhecer mulheres que fazem louça sem torno, utilizando as mãos hábeis (mas também o intelecto e o coração) para puxar o barro e elaborar as mais diversas formas. Mulheres cujas ferramentas que empregam são funcionam como extensão da mão humana. Mulheres que dominam todo o processo de produção, que se inicia com a escolha do momento apropriado para a retirada da matéria-prima, envolve a modelagem, a queima e a fabricação de tinturas naturais e termina com a pintura das peças. Mulheres que encontram beleza em algum lugar entre as possibilidades e os limites do material, transformando uma massa amorfa em peças únicas – apenas o olhar desatento e destreinado não consegue perceber as diferenças entre elas. O visitante também entrará em contrato com os homens da região, encarregados de tarefas como a retirada da matéria-prima e a comercialização, partes não menos importantes no ciclo de vida do produto.

As peças ora apresentadas tem formas consagradas pelo tempo, que lhes conferiu perfeição. Mas isso não impede que de quando em quando invenções resultem em objetos completamente inusitados, uma verdadeira expressão de liberdade.

A exposição é resultado de uma parceria com o Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural – Promoart, desenvolvido pela Associação de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro, com interveniência do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Iphan. Para nós, isso é motivo de grande alegria. Esta instituição e, especialmente, o projeto Sala do Artista Popular é uma das principais referências que procuramos levar em conta em nossa própria atuação em A CASA.

Receber esta exposição em um espaço que também acolhe designers e artistas consagrados é mais do que compartilhar histórias que fazem parte de uma realidade distante. É, principalmente, utilizar estas histórias para provocar as concepções de mundo e de beleza a que estamos todos tão acostumados.