Vem do Tocantins a exposição Capim Dourado: costuras e trançados do Jalapão, que entrará em cartaz na A CASA – Museu do Objeto Brasileiro. Trata-se de uma oportunidade para conhecer melhor um artesanato produzido naquele Estado e bastante valorizado no Brasil e no exterior.
O capim dourado – ou capim de vereda, como era chamado antigamente – é uma sempre-viva que nasce somente na região e é colhida, curiosamente, apenas durante 60 dias do ano (entre os meses de setembro e novembro), para impedir que a matéria-prima entre em extinção.
De sua palha dourada, são feitos objetos dos mais diversos tipos, como potes, jarros, fruteiras, sousplats, bolsas e bijuterias, confeccionados por meio de uma técnica artesanal herdada dos índios xerente e repassada aos moradores do povoado de Mumbuca há cerca de 80 anos.
Para costurar as hastes do capim dourado, os artesãos usam o que se chama de seda da palmeira de buriti, obtida pela extração da fibra encontrada no interior do talo de uma folha nova. O processo de costura exige muita paciência, atenção e cuidado, pois, embora seja muito flexível, o capim dourado é frágil e pode quebrar com facilidade durante o manuseio, o que só faz valorizar esse tipo de artesanato tipicamente brasileiro.
No sábado, 16 de julho, haverá uma mesa-redonda sobre o assunto, com mediação de Daniel Douek e participação dos designers Renato Imbroisi, Ana Cláudia Matos Silva, Eliane Damasceno e Carla Arouca Belas.
Capim dourado: costuras e trançados do Jalapão
Local: A CASA – Museu do Objeto Brasileiro
Endereço: rua Cunha Gago, 807 – Pinheiros, São Paulo
Data: de 15 de julho a 12 de agosto
Horário: de segunda a sexta, das 10h às 19h
Entrada franca
