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PRÊMIO OBJETO BRASILEIRO TEM NOVA EDIÇÃO

Publicado por A CASA em 17 de Abril de 2012
Por Lígia Azevedo

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Promovido pelo Museu A CASA desde 2008, o Prêmio Objeto Brasileiro chega a sua terceira edição em 2012, com inscrições abertas até 6 de julho. O concurso tem como objetivo premiar objetos e projetos que envolvam design e artesanato, realizados individual ou coletivamente. Com periodicidade bienal, em duas edições, o Prêmio já recebeu cerca de 1500 inscrições, e teve 16 premiados de 7 estados diferentes.
Entre os premiados, estão associações de artesãos, estudantes de design e também desingers veteranos, como é o caso de Claudia Moreira Salles, ganhadora da categoria objeto de produção autoral no ano passado com a Mesa Reverso. “O Museu A CASA vem desenvolvendo um trabalho muito bom e sólido. E, para mim, a importância do Prêmio foi ter um júri consistente e dedicado que, diante de um volume de peças menor em relação a outros prêmios, consegue ter como resultado uma avaliação mais criteriosa”, comenta a designer.
Diferentemente de Claudia, outra ganhadora do Prêmio, Andreia Sales, era então estudante de design quando foi premiada na categoria Novos Projetos com o Projeto SIPROAR – Sistema de Proteção ao Artesanato. O SIPROAR foi seu trabalho de conclusão de curso e consistia em um sistema de produção de embalagens protetoras para produtos em cerâmica, desenvolvido junto à comunidade de Maragogipinho (BA).
Através do Prêmio, Andreia pode estabelecer suas atuais parcerias para concretizar o projeto. Ainda este ano, ela planeja montar uma equipe para fazer diferentes núcleos de produção e implementar o SIPROAR em várias comunidades no interior da Bahia. “O Prêmio pra mim foi importante porque, através dele, meu projeto ganhou visibilidade. Trata-se de um prêmio nacional, tem relevância e valoriza design e artesanato em conjunto, fortalece a interação entre ambos. Um dos sócios da empresa onde eu trabalhava na época ficou sabendo que ganhei e me indicou para um atual parceiro. E hoje há também uma empresa de Portugal interessada em dar patrocínio”, conta Andreia.
Do universo acadêmico veio também o projeto ASAS, da Universidade FUMEC - Faculdade de Engenharia e Arquitetura, de Belo Horizonte. “O Museu A CASA sempre foi uma referência para nós, tanto para pesquisa quanto para dar parâmetros comparativos de trabalho para os artesãos. Começamos o projeto através de um edital do banco Santander que ganhamos. E também o Prêmio foi um dos primeiros em que nos inscrevemos. De lá para cá, já recebemos premiações das mais diferentes instâncias – de design, projeto social, extensão”, explica Bruno Oliveira, assistente de coordenação do ASAS.
Segundo ele, para as artesãs, é muito importante o reconhecimento, não só pela equipe executora, de que a produção e realidade delas têm valor, já que por vezes elas desacreditam de sua própria produção. “Os prêmios são muito importantes também porque não só auxiliam com verba para manutenção dos espaços e continuidade da produção, como acrescentam valor agregado ao produto pelo aval de uma instituição importante, contribuindo para a busca de novos parceiros e novas estratégias”, complementa.
A partir do dinheiro arrecadado de vendas e premiações, as artesãs, que antes trabalhavam em um local improvisado e emprestado dentro de uma escola municipal, hoje alugaram um galpão próprio. “Isso para nós é um índice de empoderamento riquíssimo”, comenta Bruno. “Um dos indicadores mais importantes que temos do êxito do projeto é ficar mais ausentes de determinados processos. Hoje já não aplicamos mais com elas a metodologia inicial de oficinas de desenvolvimento de produto, porque isso já fazem sozinhas. Hoje prestamos mais consultoria, auxiliamos no processo de produção, mas elas mesmas criam, fazem contatos, organizam exposições”, acrescenta.
Segundo ele, o grupo pretende participar novamente dessa nova edição do Prêmio. “O projeto está numa etapa diferente de quando ganhamos em 2010, ainda mais que temos uma nova constituição, com três grupos produtivos diferentes”, comenta.