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Artesão Aldo José, que utiliza de madeiras de demolição para confeccionar seus produtos

ARTIGO

ARTESANATO AMBIENTALMENTE CORRETO

Publicado por A CASA em 26 de Junho de 2012
Por Tânia Machado

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Uma vez perguntei a um artesão, que fazia entalhes em madeira, como é que ele conseguia a sua matéria-prima.

Ele então respondeu: Só uso árvores mortas, que estão caídas no chão... Tem um fazendeiro que me deixa entrar nos seus campos e pegar estas árvores.
Ahhh.... que bom!, respondi aliviada.

Passado um tempo, conversando com outro artesão, ele me afirmou que aquele primeiro só usava árvore morta, sim, mas que, quando ia buscar uma que estava caída, dava um jeito de “matar” uma árvore que estava sã. Assim, daí a seis meses, quando precisasse novamente de madeira, aquela árvore já estaria no chão. E recomeçava o ciclo...

Fiquei muito assustada com a história, pois multipliquei o volume de madeira que aquele artesão usava por outras centenas de artesãos que precisavam de madeira e poderiam utilizar o mesmo expediente. Cheguei a números enormes.

Começamos, então, a fazer uma campanha para que os artesãos usassem somente madeira certificada ou de reflorestamento. Não conseguimos, ainda, convencer 100% deles. Mas, acredito que já conscientizamos uns 30% a 40%, que já sabem da importância do uso da madeira legalizada.

Agora, contamos com a ajuda da SOS Mata Atlântica, do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) e da Prefeitura de Belo Horizonte, que irão ceder madeiras apreendidas e de poda de árvores urbanas para que possamos atingir o dobro de artesãos. Estes passarão a fixar o carbono – que estas árvores aprisionaram durante o seu crescimento – em lindíssimas peças artesanais, evitando que sua queima, como lenha para pizzarias e restaurantes, libere o CO2, na atmosfera e contribua com o aumento do aquecimento global.

O reaproveitamento de madeira da construção civil ou demolição de casas também tem sido uma grande fonte do artesão, que a transforma em mesas, armários, cadeiras e bancos.

É o artesanato consciente de seu papel enquanto defensor de nosso meio ambiente.