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MATÉRIA DO MÊS

A CASA RECEBE EXPOSIÇÃO DE BRINQUEDOS DO PROJETO SATORILAB, DE ALEJANDRO SARMIENTO E LUJÁN CAMBARIERE

Publicado por A CASA em 5 de Setembto de 2013
Por Lígia Azevedo

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Brincar livremente, sem julgamento, com alegria. Brincar com o corpo, com os outros, com a família, desenvolvendo valores e resgatando o caráter festivo da brincadeira. Brincar em comunicação com o planeta, tendo a natureza como fonte, usando o mínimo de material disponível, potencializando-o ao máximo pela a imaginação. Estas são algumas das ideias transportadas para matéria nos cerca de 170 brinquedos que compõem SATORILAB A Infância em Jogo. Realizada por A CASA museu do objeto brasileiro em parceria com o Senac São Paulo, a exposição ocupa a sede do museu de 12 de setembro a 18 de outubro.

 

A mostra reúne parte da produção do projeto SATORILAB, laboratórios de design experimental com materiais recicláveis idealizados pelos argentinos Alejandro Sarmiento, designer industrial, e Luján Cambariere, jornalista especializada em design. As peças foram criadas em oficinas coordenadas pela dupla entre 2007 e 2013, com mais de 800 estudantes de design e arquitetura da Argentina, Brasil, Chile e Colômbia. “Nos anos desta experiência, o resultado mais lindo não são as belas peças, mas a semente que fica em cada aluno de compreender que é crucial sentir-se criança outra vez e brincar como na infância para experimentar e desenhar, porque aí está nosso maior acervo material e imaterial”, considera a coordeandora Luján Cambariere.

Os brinquedos foram produzidos a partir de resíduos industriais de empresas como Adidas, Natura e Chilli Beans. Assim, embalagens de cosméticos se transformam em robôs, lentes de óculos escuros servem de asas de uma mariposa, restos da fabricação de um tênis se tornam uma nave espacial. “Costumamos dizer que os resíduos industriais são ‘o lixo mais silencioso’ porque ninguém sabe a quantidade de coisas que se descartam todos os dias. Dar-lhes vida nova é uma oportunidade muito interessante de vários pontos vista: para os alunos, representa um impulso criativo e um grande aprendizado de trabalhar com o mínimo de material e o máximo de criatividade e, ainda, é uma tomada de consciência deste ciclo de consumo e obsolência programada da qual, de algum modo, são responsáveis. Para as empresas e para o público em geral, é uma oportunidade de ter contato com o que descartamos, o que muitas vezes é a matéria-prima que permite o desenvolvimento de vários projetos sociais”, comenta a jornalista.

Para testar os brinquedos eram criados júris formados por crianças. Por vezes, também, como algumas das oficinas aconteceram em espaços abertos ao público, haviam crianças passantes que paravam e experimentavam as peças. Segundo Luján, “As crianças receberam os brinquedos fantasticamente, e por vários motivos. Principalmente porque são brinquedos que os permitem brincar interagindo e colocando algo de si na brincadeira. Não como muitos brinquedos atuais, que de algum modo, já lhes oferecem tudo pronto – falam, caminham... Além de tudo, ao estarem feitos com tanto amor e energia, os brinquedos têm uma alma especial que, sem dúvidas, se transmite para adultos e crianças. Têm vida”.