A identidade permite que o indivíduo se localize em um sistema social e seja localizado socialmente. Mas a identidade social não diz respeito unicamente aos indivíduos. Todo grupo é dotado de uma identidade que corresponde à sua definição social, definição que permite situá-lo no conjunto social. A identidade social é ao mesmo tempo inclusão e exclusão: ela identifica o grupo (são membros do grupo os que são idênticos sob um certo ponto de vista) e o distingue dos outros grupos (cujos membros são diferentes dos primeiros sob o mesmo ponto de vista) (CUCHE, 2002, p. 176-177).
À medida que encontramos atores que escolhem, tomam decisões e provocam efeitos (que poderiam ter sido outros), a globalização deixa de ser um jogo anônimo de forças do mercado regidas apenas pela exigência de conseguir sempre o lucro máximo na concorrência supranacional. (...) Mas o argumento que mais interessa é que o ressurgimento das pessoas e dos grupos na teoria social permite conceber a globalização de outras maneiras (CANCLINI, 2003, p. 59).
A significação mais ampla da condição pós-moderna reside na consciência de que "os limites" epistemológicos daquelas idéias etnocêntricas são também as fronteiras enunciativas de uma gama de outras vozes e histórias dissonantes, até dissidentes - mulheres, colonizados, grupos minoritários, os portadores de sexualidades policiadas. Isto porque a demografia do novo internacionalismo é a história da migração pós-colonial, as narrativas da diáspora cultural e política, os grandes deslocamentos sociais de comunidades camponesas e aborígenes, as poéticas do exílio, a prosa austera dos refugiados políticos e econômicos (BHABHA, 2003, p.23-24).
participação comunitária consiste num micro-cosmos político-social suficientemente complexo e dinâmico de forma a representar a própria sociedade ou nação. Quer dizer que a participação das pessoas em nível de sua comunidade é a melhor preparação para a sua participação como cidadãos em nível da sociedade global.
Com a evolução do design e a ampliação de seu papel, o seu caráter estratégico adquire crescente força. Além do papel do design na manutenção da produção e da circulação de produtos e serviços – o seu vetor econômico –, é relevante a sua contribuição na elevação da qualidade de vida individual e social – o vetor social do design (NIEMEYER, 2003, p.15-16).