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A Chita na Moda

Publicado por A CASA em 13 de Maio de 2005


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 “A Chita na Moda” Exposição No Diamondmall Revela Como Tecido Popular se Transformou em Objeto de Desejo

Onze renomados estilistas criaram peças de luxomostrando o que a Chita tem de melhor e porque se tornou fashion

A Chita é fashion. Esse tecido de origem na Índia, cuja história se confunde com a do próprio Brasil, virou objeto de desejo e de arte. Para contar como um “tecido ordinário de algodão estampado em cores” (definição do dicionário Aurélio), deixou de ser tão popular e passou a sonho de consumo nas classes A e B, o DiamondMall traz a Belo Horizonte a inédita exposição “A Chita na Moda”. Para ilustrar essa história com mais de 500 anos e apresentar novas tendências para a Chita, renomados estilistas criaram modelos exclusivos.

Os vestidos estão expostos ao lado de painéis com fotos da top Carolina Ribeiro (fotografada por Jacques Dequeker) usando a respectiva peça. Essa exposição, em painéis de lambris de madeira pinus (madeira de reflorestamento, ecologicamente correta) com 3 m de altura, poderá ser conferida no período de 12 de maio a 14 de junho, de 10h às 22h, em galeria montada no piso L2 do DiamondMall, com ambientação especial.

CHITA FASHION

Em diversas concepções sobre a Chita, as verdadeiras obras de arte criadas pelos estilistas Ronaldo Fraga, Reinaldo Lourenço, Amapô, André Lima, Glória Coelho, Karla Girotto, Lino Villaventura, Madalena, Marcelo Sommer, Neon, Raia de Goye e a designer de acessórios Sonia Kiss, com linguagem e talento próprios, exemplificam a diversificação no uso deste tecido e explicam o motivo que tem levado cada vez mais pessoas a adquirem roupas ou investirem no uso da Chita.

Atualmente, Minas Gerais é o único produtor brasileiro deste tecido. Contudo, a história da Chita se mistura com a própria história da civilização e do Brasil. Tecido simples, de cores alegres e preço popular, a Chita possui ancestrais ilustres. Surgiu na Índia Medieval, há mais de 500 anos. Essa denominação vem do Sânscrito. De objeto de desejo das elites européias, esse pano vestiu os escravos brasileiros.

Conhecida de Norte a Sul do Brasil, a Chita chegou ao País na época do descobrimento e esteve presente em vários momentos da história brasileira. Desde roupas para festas religiosas como as juninas, manifestações culturais, decoração de casas e restaurantes como cortinas e forro de mesa, até peça de arte em cenário fashion.

A partir do Século XX, esse tecido começa a ser produzido pela maioria das fábricas brasileiras, sempre com preços baixos. As chitas surgiram com estampas florais maiores e outras que escapavam dos motivos originais, copiadas, muitas vezes dos europeus, com flocos de neve, ursinhos ou figuras geométricas. A tudo se chamava Chita, por causa do tecido originalmente utilizado como suporte para a estamparia: o morim, de algodão.

BH NO EIXO DOS GRANDES EVENTOS

Inovando mais uma vez, o DiamondMall inclui a capital mineira no eixo dos grandes eventos culturais. “Abrirmos várias páginas de nossa cultura para os mineiros, garantindo esse espaço de conhecimento sobre a história do nosso País. Além disso, também é oportunidade para mostrar que se faz moda e arte com um tecido tão popular”, avalia a gerente de marketing do DiamondMall, Flávia Louzada.

Essa exposição já passou por São Paulo, onde teve recorde de visitação no Museu da Casa Brasileira: 17 mil pessoas em 20 dias e em Brasília, público acima de 20 mil pessoas. Depois de Belo Horizonte, seguirá para Paris, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, Volta Redonda, entre outros estados.

Flávia Louzada ressalta que a exposição é uma quebra de conceitos. Afinal, “os estilistas fizeram roupas contemporâneas com a Chita. Transformaram um produto simples em objeto de desejo, acrescentaram todo o glamour que permitiu essa exposição. Chega a impressionar como um tecido, ainda considerado por muitos como barato e desprezível, virou artigo de luxo. Dessa forma, saiu das ruas e casas do interior e conquista espaço cada vez maior em passarelas da moda”, conta.

LIVRO “QUE CHITA BACANA”

A história da Chita também poderá ser conhecida pelo livro “Que Chita Bacana”, lançado no coquetel de abertura da exposição, no dia 11. A idealização do livro é de Renata Mellão e Renato Imbroisi e o texto de Maria Emilia Kubrusly. O livro tem 240 páginas e foi publicado por A Casa (casa-museu do objeto brasileiro).
Renata Mellão conta que demorou 15 anos até que essa idéia fosse amadurecida e concretizada. “Até hoje namoro o livro. É um prazer ver a repercussão do trabalho, fiquei surpresa. Ainda não consigo acreditar. Não imaginava que cresceria tanto assim”, diz. Para contar essa história, a equipe fez dezenas de viagens pelo interior, escutando histórias e passando para o papel a vida de comunidades. “As viagens marcaram muito, principalmente no interior do Ceará. Descemos de carro de Fortaleza a Recife, passando por Juazeiro do Norte e Vale do Cariri, na época das festas juninas. Tivemos muita informação”, conta.

http://www.renasce.com.br/site/page/sala_releases2.asp?cod=570


Fonte: Renasce