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Chita Chique

Publicado por A CASA em 20 de Janeiro de 2005


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A modelo Caroline Ribeiro exibe criação do estilista Reinaldo Lourenço  
Pano virou tecido fashion
 

Moda
Chita chique
O tecido dos vestidos de Gabriela, personagem
de Jorge Amado, é a aposta das grifes
Dolores Orosco

Utilizada em forros de almofadas e na confecção de aventais e cortinas por ser considerada um pano de segunda categoria, a chita, quem diria, virou tecido fashion. Na primavera-verão 2005, os estilistas elegeram as estampas florais como tendência mais forte a tomar conta das ruas. Nesse cenário, a chita veio com tudo e pode ser vista em roupas e acessórios de grife.

A marca Madalena, da estilista paulistana Carol Martins, usa e abusa do material. São vestidos, saias, bolsas e chapéus. “Minhas roupas são para aquela brasileira de cabelos cacheados e longos que anda de sandália rasteira”, conta. Carol ensina que as estampas de chita podem ser usadas com outras mais discretas ou com jeans.

Prova de que o produto está em alta é a exposição A chita na moda, no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, até o domingo 20. Ela traz 11 peças de estilistas como Gloria Coelho, Lino Villaventura e Marcelo Sommer. A consultora de moda Gloria Kalil também se rende ao material. “É um algodãozinho ralo e pobrinho. No entanto, porta-se como se fosse o mais fino cetim”, definiu no texto de abertura da mostra. Um apelo que tem encantado os especialistas é o caráter nacional do pano. “É o tecido da mulher brasileira. Na literatura, autores como Jorge Amado, Guimarães Rosa e Erico Verissimo citavam os vestidos de chita usados pelas suas personagens mais brejeiras”, explica Renata Mellão, autora do recém-lançado livro Que chita bacana (Ed. A Casa). Era o caso da sedutora Gabriela Cravo e Canela.

O fato de ser um tecido barato (custa em média R$ 4 o metro) não significa que a peça terá um preço em conta. Nas mãos das marcas famosas, o resultado pesa mais no bolso. Afinal, os estilistas não economizam em criatividade e desenvolvem modelos sofisticados. Um casaco de chita desfiada da estilista carioca Alessa Migani, por exemplo, sai por R$ 500. É a chita versão chique.

• Criada na Índia, a chita chegou à Europa no século XV. Na Inglaterra, é mais usada para estofar móveis. Aqui, a primeira estilista a adotar a chita foi Zuzu Angel, em 1959

 

http://www.terra.com.br/istoe/1844/comportamento/1844_chita_chique.htm


Fonte: Isto É