A moda da chita Vale à pena dar uma passadinha no Museu da Casa Brasileira, aqui em São Paulo, para ver de perto a exposição “Chita na Moda”. A idéia é mostrar que o tecido, considerado inferior e de baixa qualidade, pode até servir de matéria-prima para criações de luxo. Para tanto, foram convidados 11 estilistas e marcas, que fizeram peças exclusivas e que podem ser usadas no dia-a-dia e também em ocasiões especiais. Nomes como Gloria Coelho, Lino Villaventura, Marcelo Sommer, Reinaldo Lourenço, Ronaldo Fraga, Karlla Girotto, André Lima e Sonia Kiss (que criou bolsas com o tecido) estão entre os designers convidados. Suas criações podem ser vistas até o dia 20 de fevereiro. A exposição tem curadoria de moda de Dudu Bertholini (da Neon) e idealização de Renata Mellão, autora do livro “Que Chita Bacana”, que acompanha a mostra. O livro, ricamente ilustrado, aborda a história da chita desde o seu surgimento na Índia medieval e como o tecido foi incorporado pelo Brasil, tendo se tornado parte da nossa cultura. Adélia Borges, diretora do Museu da Casa Brasileira, diz que “homenagear a chita se inscreve dentro da diretriz atual do Museu de dar visibilidade à imensa riqueza e diversidade cultural brasileira”. Não é de hoje que os estilistas e também designers de móveis e objetos de decoração se voltaram ao tecido mais popular que conhecemos no país. Já vimos coleções em alguns desfiles, como o último da Madalena na Semana de Moda – Casa de Criadores, e o da Cavalera na edição de verão da SP Fashion Week. |
Ambos apresentados em junho de 2004. As flores de cores vibrantes traduzem a alegria e o calor brasileiros de forma única e não há quem não encontre na memória algum momento na vida em que a chita tenha estado presente.
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