Editorial
A CASA agradece as inscrições
para o 1° Prêmio
Objeto Brasileiro e deseja boa sorte a todos! Dentre designers,
artesãos, associações e instituições,
o prêmio teve mais de 480 inscritos e mais de 1000 projetos/objetos
de 20 estados do país. Em breve, será divulgada a
lista dos selecionados para a próxima etapa. Nesta segunda
Newsletter, prestamos também a nossa homenagem a Dona Ruth
Cardoso, a um mês de seu falecimento. Boa leitura!
Acontece no
museu A CASA
Cunha Gago, 807
Encontros design + artesanato

Não perca essa retrospectiva de objetos emblemáticos
da produção artesanal contemporânea nas duas
últimas décadas. De segunda a sexta, das 10h às
19h. Até 29/08. Saiba
mais
Confira Finalistas
A partir do dia 31 de julho a lista dos finalistas de cada categoria
estará disponível em nosso
site.
www.acasa.org.br
Exposição
virtual
Encontros design + artesanato

Confira em nosso site a versão
virtual da exposição que está aberta na
sede do museu A CASA.
Textos de Lina Bo Bardi
A nossa biblioteca virtual disponibiliza agora seis textos de
Lina Bo Bardi. Um dos textos é “Porque o Nordeste?”,
indicado em Boa Leitura.
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Entrevista - Marcelo Manzatti
"A rede é a via mais
revolucionária e contemporânea de articular pessoas"
Marcelo Manzatti é antropólogo, consultor
de projetos sobre cultura popular, coordena a Rede
das Culturas Populares e o Boletim
Famaliá
Qual
a sua definição de cultura popular?
Para a Comunicação, ‘cultura popular’
seria o produto gerado pelos meios de comunicação
de massa, como as novelas e o jornal. Quando falamos em Antropologia
no que é cultura popular, pensamos na questão
sociológica, estamos falando da produção
de cultura que se dá nas classes populares. Essas duas
idéias se relacionam, é inevitável, porque
as classes se relacionam. O problema é que quando as
classes populares se relacionam com as classes médias
ou altas, elas se relacionam numa condição de
inferioridade. Ou ela é expropriada, ou suas produções
são refinadas pela cultura erudita. O Carnaval acho
que é talvez o maior exemplo que se pode dar disso.
Existe uma alternativa para sair
disso? As políticas públicas seriam uma via?
Em termos de políticas públicas, tem que se
fazer uma política cultural e uma política social
associada. Não adianta só eu achar que vou dar
uma viola nova para um cara da roça que a catira vai
se desenvolver. Não adianta se o cara está com
a saúde fraca, com o salário atrasado, se a
mulher dele está alcoólatra, o filho cooptado
pelo tráfico de drogas. No nível macro, as políticas
atuais têm tido sucesso. Como exemplo, há a implantação
da política do patrimônio imaterial, a idéia
de que uma música, por exemplo, também é
um patrimônio, e a partir daí o Estado assumir
a responsabilidade de proteger e fomentar aquela manifestação
cultural através dos planos de salvaguarda.
Quais as idéias da rede e
o seu potencial como forma de organização?
Por definição a rede é isso: uma estrutura
de relacionamento informal, horizontal. Simplesmente você
cria elos de conexão entre as pessoas. Porque isso
muitas vezes é só o que precisa, que as pessoas
consigam falar. Como elas não podem falar pelos meios
de comunicação, elas vão falar por outras
vias. E a via da rede é a via mais revolucionária
e mais contemporânea para você poder articular
pessoas. Por exemplo, a nossa Rede [de Culturas Populares]
tem 2800 pessoas permanentemente interconectadas.
Leia entrevista na íntegra
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Matéria
do MÊS
Ruth Cardoso: A Reinvenção
do Solidário
"Discreta, costumava dizer que a condição
de mulher do presidente da República lhe havia dado
a oportunidade de, no vazio deixado pela recém-extinta
Legião Brasileira de Assistência (LBA) –
órgão tradicionalmente presidido por primeiras-damas
do Brasil, buscar algo diferente.”, afirma Helena
Sampaio, coordenadora executiva do ArteSol,
sobre D. Ruth Cardoso, falecida no último dia 24
de junho. Antropóloga, esposa do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, em 1995 fundou a Comunidade Solidária,
que abrangia os projetos de Alfabetização,
Capacitação, Universidade e Artesanato Solidário.
Formada por um conselho misto, do poder público
e civis, a organização visava ao fortalecimento
da sociedade civil para a realização de projetos
sociais sólidos e contínuos, que não
dependessem de manobras e trocas políticas. Outra
inovação foram as parcerias firmadas com empresas
privadas. Entre 1995 e 2002, a Comunidade
Solidária alfabetizou 3 milhões de jovens
e capacitou outros 114 mil para o mercado de trabalho. Hoje
os projetos funcionam através de Oscips que configuram
a RedeSol.

Com o objetivo de usar o artesanato como instrumento de
combate à pobreza em regiões castigadas pela
seca, como o Norte e Nordeste de Minas Gerais, em 1998 foi
fundado o Artesanato Solidário/ArteSol, primeira
organização de artesanato do país com
selo de comércio justo. Hoje o projeto atende a mais
de 100 núcleos em todo o país, produzindo
objetos carregados de identidade nacional. No jazigo de
D. Ruth foi colocada a Boneca
Esperança, objeto de um dos primeiros núcleos
do programa, simbolizando as ações sociais
comandadas pela intelectual.
Claudia Cavalcanti, gerente de comunicação
do ArteSol, conclui: “Faleceu a mentora e idealizadora
dos projetos, mas o exemplo de força das suas idéias
fazem com que eles sobrevivam. Basta dizer que temos hoje
vários parceiros públicos de governos de diferentes
partidos, que nos procuram pela credibilidade que temos,
devido à importância que o projeto ganhou”.
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A
CASA indica
Museu do Pão

Situado na cidade de
Ilópolis (RS) região do Vale do Taquari, a 176
km de Porto Alegre, e construído em um antigo moinho colonial,
com projeto arquitetônico de Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci,
o museu conta os 6 mil anos da presença do pão na
história da humanidade. As visitas são feitas por
agendamento, via e-mail.
Mais informações no site www.caminhodosmoinhos.com.br.
Por ocasião da abertura do Museu, foi lançado o livro
“Museu do Pão – Caminho dos Moinhos”, organizado
por João Grinspum Ferraz, com fotos de Nelson Kon, e o DVD
“O milagre do pão”, documentário de Isa
Grinspum Ferraz. O livro está à venda na Livraria
Cultura, e o DVD pode ser adquirido por encomenda na Brasil
Arquitetura, via
e-mail
ou pelo telefone 11 3815 9511.
Reinauguração
do MIS

Após um período
de reforma, o Museu da Imagem
e do Som (MIS), reabre dia 9 de agosto com novo projeto arquitetônico
de Álvaro Razuk. O espaço do museu agora terá
exposições integradas e o LabMIS, o primeiro laboratório
público de novas mídias do Brasil. Av. Europa, 158,
São Paulo.
14ª Paralela
Gift

Feira
de produtos contemporâneos com design, ambientes e criadores.
De 13 a 17/08. São Paulo Arena Convention Center. Av. Faria
Lima, 201, São Paulo. Entrada: R. Coropés, 88 (ao
lado do Instituto Tomie Othake). Mais informações
no site www.paralelagift.com.br.
Restaurante
Tordesilhas

Premiado por revistas especializadas, o restaurante
serve o melhor da cozinha regional brasileira, em um ambiente informal
com o típico jeitinho brasileiro de ser e comer. R. Bela
Cintra, 465, São Paulo. Informações e reservas
pelo telefone 11 3107 7444.
Boa
leitura
“Nem todas as culturas
são “ricas”, nem todas são herdeiras diretas
de grandes sedimentações. Cavocar profundamente numa
civilização, a mais simples, a mais pobre, chegar
até suas raízes populares é compreender a história
de um País. E um País em cuja base está a cultura
do Povo é um País de enormes possibilidades.”
Texto "Porque
Nordeste?", de Lina Bo Bardi, do livro "Tempos de
Grossura: o Design no Impasse".
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