A CASA - Newsletter #36 - Ano 3 | Maio de 2011

Newsletter N°36

Maio de 2011

 

Editorial

 

No último dia 18, foi comemorado o Dia Internacional dos Museus. Em lembrança à data, o IBRAM organizou a 9° Semana Nacional de Museus. A exposição Joia Contemporânea Brasileira faz parte da programação e estes são os últimos dias para conferí-la. Não perca!

E prepare-se para a nova exposição! Surgida de maneira inusitada, mas muito atual, a mostra TENET irá apresentar, a partir do dia 9 de junho, trabalhos de artistas têxteis de diversos estados do país. Descubra como se deu este encontro em Matéria do MÊS.

 

Em Entrevista, conversamos com o professor e pesquisador João Braga, que no próximo dia 7 lança novo livro, em parceria com o jornalista e escritor Luis André do Prado – veja em A CASA indica. O vestir, a história da moda e da moda brasileira e a valorização de tradições locais nas criações contemporâneas foram alguns dos temas abordados.

Finalmente, em Boa leitura, Adriana Russi discute os conceitos de arte e artesanato a partir de pesquisa realizada com artesãos cesteiros do estado de São Paulo.

 

 

 


Acontece no
museu A CASA

 

 

 

Cunha Gago, 807

 

 

 

Exposição "Joia Contemporânea Brasileira"


 

A mostra reúne 36 trabalhos que enfatizam o papel da joia como objeto de arte e sua relação com o corpo humano. A curadora Miriam Korolkovas buscou evidenciar ainda o uso de materiais alternativos, não usualmente considerados nobres dentro da joalheria, como sementes, látex,  lã, brinquedos, PET, papel craft e jornal. As obras são de artistas de diversas regiões do país, entre designers de joias, cooperativas de artesãos e comunidades indígenas: Aglaíze Damasceno, Alice Ursini, André Lasmar, Audrey Girotto, Bettina Terepins, Carolina Pedroso, Cooperativa Lã Pura, Gabriela De Rolt, Hena Lee, Krahôs, Mana Bernardes e Mirla Fernandes. De segunda a sexta, das 10h às 19h. Até 3 de junho. Saiba mais.

 

 

Exposição TENET - Tecendo na Net


 

Uma foto em preto e branco de 1989 publicada no Facebook, com os participantes de um antigo projeto chamado “Tecendo na rua”, gerou dezenas de comentários e a enorme vontade de um encontro. Foi assim que cerca de 50 artistas têxteis de diversos estados do país reuniram-se para desenvolver trabalhos a partir de um kit de materiais variados que lhes foi fornecido pelos organizadores do evento, Renato Imbroisi, Juan Ojea e Marta Meyer. O resultado desta experiência pode ser visto na exposição TENET - Tecendo na Net. Abertura dia 9 de junho, às 19h30. Visitação de 10 de junho a 8 de julho, de segunda a sexta, das 10h às 19h. Saiba mais.


 

www.acasa.org.br

 

 

 

Coleção Louça Morena do Povoado de Poxica

 

 

Todos os que não puderam estar presentes na exposição realizada em A CASA, ou aqueles que desejam rever as peças em barro apresentadas na ocasião podem conferi-las agora no museu virtual. A coleção reúne agridais, farinheiras, jarras, pratos, sopeiras, tigelas, travessas e xícaras modeladas sem uso do torno. Veja aqui.

 

 

Museu A CASA no Twitter

 

 

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A CASA está se integrando ainda mais às redes sociais. Agora, através da nossa página no Facebook, vamos divulgar eventos, postar fotos, vídeos e outras novidades do museu. Curta, comente, indique para amigos! Veja aqui.

 

 

 

Apoio

 

Entrevista - João Braga

 

 

“Uma das premissas que formata o conceito de luxo é tradição, e artesanato é aspecto de tradição”


João Braga é professor, pesquisador e autor de livros na área de história da moda. É também artesão, desenvolvendo produtos de sua própria marca.


 

 

A partir de que momento é possível falar em moda brasileira?
Vinte anos atrás. Até os anos 1980, a moda no Brasil se valia principalmente de uma linguagem europeia. Fernando Collor de Mello abre o Brasil às importações, depois de um longo tempo de proibição devido ao militarismo. Aí entrou tecido de boa qualidade, tecido barato, roupa confeccionada, muitas vezes com nomes já conhecidos e preços mais acessíveis. Qual foi o diferencial que o brasileiro precisou colocar nas roupas? Identidade nacional. Diferentemente dos Estados Unidos, onde usar o vermelho, azul e branco é legal, ou da França, onde usar o bleu, blanc, rouge é sinônimo de nacionalismo, é chique, no Brasil não era. Hoje, usa-se verde e amarelo com a maior naturalidade, deixou de ser de gosto duvidoso. Começamos a valorizar, não só o verde e amarelo propriamente dito, mas isso que a gente pode chamar de brasilidade, de “verdeamarelismo”. Criamos esse diferencial através da identidade. Junto com isso, os primeiros formandos das escolas de moda saem no final dos anos 1980, início dos anos 1990. Há também todo o processo de redemocratização, que coincide com esportistas brasileiros fazendo sucesso, como Ayrton Senna. Algumas modelos brasileiras já tinham feito sucesso e outras estavam fazendo: começa com Gisele Zelauy, no princípio dos anos 1990, depois, no final da década, Gisele Bünchen. No início dos anos 1990, tinha também a Betty Prado e a Betty Lago. Eram duas Bettys e duas Giseles fazendo sucesso lá fora. Então, tudo passou a ser nacionalismo. O Brasil começou a ser melhor visto e a gente assumiu essa identidade. Moda brasileira de fato, ou seja, olhar para o próprio umbigo, as “autorreferências”, nós temos há vinte anos.

Quais ícones, valores e características da identidade brasileira estão presentes nos produtos de moda nacionais?
Uma das características da roupa brasileira é certa sensualidade. Não quero nem dizer “roupa decotada ou minissaia”, mas é a postura. A brasileira gosta de se sentir sensual, não é à toa que biquíni – moda praia – faz sucesso aqui. A nossa índia andava nua, o índio andava nu ou de tanga. Em função do clima, da quantidade de água, o autóctone tem uma relação muito diferenciada com o corpo. Isso é genuinamente brasileiro. O uso intenso de cor é outra identidade Brasil. O nosso azul é mais azul, o nosso vermelho é mais vermelho, o nosso amarelo é mais amarelo, o nosso verde, então, nem se fala, é mais verde ainda, com diversas tonalidades. Isso faz parte do nosso repertório cultural. O nosso repertório é, digamos assim, ambiental. O nosso céu tem uma intensidade de azul maior, a nossa luz brilha muito mais. Dentro desse contexto todo, sem menosprezar as outras cidades, nós temos, em especial, o Rio de Janeiro, que é a cidade que mais vende o estilo de vida do Brasil, é o cartão postal do país. O Rio é lindo mesmo, a gente tem que admitir. Há pouco tempo estive lá para dar uma aula na Fundação Getúlio Vargas, na sede Botafogo. Quando eu saí, era uma luz tão linda na enseada de Botafogo, que eu comecei a chorar. Um céu azul! Gente, o que é isso?! Não tem em nenhum outro lugar do mundo. Lindo, lindo, lindo. É impressionante, e isso encanta a todos. Imagine os viajantes por esse Brasil vendo uma natureza exótica, exuberante, essas fontes, essas cachoeiras, o litoral, essa vegetação. É pra encantar todo mundo, como continua encantando. Nós temos uma realidade muito própria, tropical, então isso tudo passa a ser uma própria referência.

Em tempos de globalização, o local e as etnias regionais têm adquirido maior importância nas criações de moda, num conceito conhecido como Global fashion, local tradition. Qual a importância de se buscar referências e valores na cultura brasileira, especialmente a cultura popular, para o desenvolvimento de projetos?
Isso é o grande diferencial. A moda é global, mas as referências são locais, é o trocadilho “Globolocalização”. A moda é autodestruidora, vive daquele processo da fagocitose, alimentando-se de sua própria morte. Ao se popularizar, a moda precisou encontrar maneiras de se diferenciar. Uma das formas da diferenciação é a valorização de outras culturas, e começou a se buscar uma série de referências. É onde entra esse caráter relacionado a questões étnicas, artesanato, coisas específicas de uma determinada região. Hoje, a grande sacada é essa, de fato. E aí, há também o próprio aspecto do luxo, que traz em si um caráter de diferenciação e exclusividade. Uma das premissas que formata o conceito de luxo é tradição, e artesanato é aspecto de tradição.

Quando técnicas e processos regionais e populares passam a ser valorizados e adotados nas criações de moda, num trabalho que, muitas vezes, inclui as próprias camadas populares da sociedade, que detém esse saber-fazer, pode haver uma inversão na lógica da efemeridade que caracteriza o próprio conceito de moda? Caso contrário, corre-se o risco de se desgastar elaborações tradicionais centenárias que, logo, “irão sair de moda”.
Pode ser que aquilo se torne tão popular e em pouco tempo passe a vontade – a moda tem essa característica. O fuxico, por exemplo, foi tão usado que, de repente, ninguém aguentava mais. O fuxico está lá, em banho-maria, até chegar o momento em quem, de repente, volta, pois a moda também tem essa característica de voltar de tempos em tempos. A valorização de técnicas e processos tradicionais pode ser uma faca de dois gumes, mas eu acho que há a necessidade de preservação de um artesanato de alto valor cultural agregado para a salvaguarda dessa memória – o que lá fora é muito mais comum do que aqui. Dessa maneira, você gera até alguns benefícios de ordem social, levando divisas para essas pessoas, favorecendo a autoestima e resolvendo uma série de questões. Entretanto, se não houver cuidado, isso pode ser desgastado e cair no esquecimento. Se houver essa euforia do que está na moda agora, isso vai virar fogo de palha, e o fogo de palha é viçoso, mas daqui a pouquinho ele acaba – a palha se consome rapidinho. É preciso haver a intenção de preservação dessa memória, via centros culturais, museus, incentivos públicos, para que isso se mantenha como identidade, e o próprio reconhecimento do brasileiro das suas referências.

 

Leia entrevista na íntegra

 

 

 

Matéria do MÊS

 

 

TENET: o encontro têxtil que surgiu das tramas virtuais

 


As redes sociais foram o mote para produtores têxteis de várias partes do Brasil iniciarem um movimento de organização de grupos para troca de contatos, informações e experiências. De uma foto postada no Facebook surgiram 100 comentários, dois grupos de discussão, e a ideia de se fazer um encontro não apenas virtual. O resultado disso foi o TENET, encontro organizado por Renato Imbroisi, Marta Meyer e Juan Ojea, que aconteceu no dia 30 de abril em São Paulo. O evento reuniu cerca de 50 pessoas, entre designers, artesãos e artistas, de várias partes do país, gerações diferentes e ramos diversos da arte têxtil - tecelagem, tapeçaria, design, wearable art, feltragem, etc. Cada um deles apresentou um objeto de sua autoria, compondo uma pequena amostra da produção têxtil brasileira atual que pode ser vista na exposição que abre dia 9 de junho na sede do museu A CASA. (Saiba mais em Acontece no Museu A CASA).

 

As peças foram feitas a partir de um kit básico entregue a cada participante: uma caixa contendo tecidos e fios de algodão brancos, aos quais poderiam ser acrescentados, de outros materiais, um percentual de 10% do produto final. Segundo Juan Ojea, "o kit de material básico era uma forma de dar unidade a uma coisa heterogênea que não dimensionávamos muito, que é o que está se produzindo atualmente na área têxtil no Brasil. E surpreendeu a diversidade do resultado". Marta Meyer complementa: "A  ideia era cada um transformar aquele kit com a sua cara, trabalhar técnicas e acrescentar materiais com que trabalhavam. Nunca imaginamos que daquela caixinha pudessem aparecer coisas tão diversas, como um móbile de 4m²".

 

Uma foto e 100 posts no Facebook
A proposta do encontro surgiu através de uma movimentação na internet, a partir de uma foto de 1989 postada por Juan Ojea no Facebook em novembro de 2010. "A foto era de um evento chamado Tecendo na rua, que realizamos numa loja que o Renato tinha na época em Pinheiros, a Manufacta. Era um grupo grande de tecelões reunidos diante da fachada da loja. Muita gente viu a foto no Facebook e surgiram cerca de 100 comentários sobre ela. A partir daí começou a se formar um grupo de discussão mais consistente, e todos com desejo de fazer outro encontro", conta Marta.

 

A movimentação no Facebook gerou dois grupos de discussão virtuais - o Têxtil, atualmente com 85 membros, e o Têxtil Artesanal do Brasil, com 103 membros. "Estão havendo discussões muito ricas nos grupos. O mundo dos têxteis está grande e interessante, num momento em que as pessoas estão se valorizando. Em geral os artistas ficam isolados, e esse é o grande barato da internet: poder trocar informações", comenta Marta.

 

Encontro de gerações
Liana Bloisi era uma das pessoas do grupo que estava na foto de 1989 e se reuniu novamente na TENET, assim como Renato Imbroisi, Juan Ojea, Marina Lafer, Marta Meyer e Glaucia Amaral. Liana levou para o encontro um conjunto de acessórios chamado "Cabeça, Mãos e o Grande Coração", que congrega técnicas diversas com as quais já trabalhou em cerca de cinco décadas de experiência com a arte têxtil. Para Liana, a ideia do encontro foi muito bem-vinda: "Estávamos precisando de algo assim. Em outros países há grupos organizados muito importantes na área têxtil, e aqui no Brasil não temos isso. Temos que nos juntar, nos organizar e assim dar um passo à frente na área têxtil. Juntos é mais fácil fazer algo. A pesquisa de fibras, por exemplo, é algo de extrema importância no mercado atual e não se desenvolve porque as pessoas fazem isso muito isoladamente", comenta.

 

Já Alexandre Herbete é um dos representantes da nova geração de tecelões reunida no evento. Alexandre veio do Vale do Cariri para São Paulo, aqui começou a trabalhar com a tecelagem, em 2006, e há dois anos está no mercado têxtil. "Para mim foi uma sorte estar entre grandes mestres da tecelagem. Tenho um catálogo da Exposição Nacional de Arte Têxtil de 1986 e alguns dos expositores de então estavam lá. Foi uma sensação maravilhosa poder entrar em contato com profissionais que você admira, que têm 30 anos ou mais de carreira", comenta.

 

Alexandre apresentou no encontro a peça Salão de Beleza, um livro feito do tecido de algodão e materiais reutilizados de diversos tipos. "Como trabalho com reaproveitamento de materiais, inseri coisas como pedaços de fitas VHS, fitinhas de Padre Cícero e strass. Fiz a peça logo que voltei de uma viagem a Juazeiro do Norte. Observo muito o universo dos salões de beleza, e isso tem pra mim também uma memória de juventude, porque todos os meus amigos fizeram curso de cabeleireiro", conta.

 

Alexandre é mais um exemplo que confirma a influência da internet nesse momento de criação de redes entre os produtores têxteis. Seu trabalho ficou conhecido através de seu blog Peixes em Peixes e dos grupos de discussão do Facebook, e foi a partir desses meios que veio o convite para o TENET. Segundo ele mesmo conta: "O têxtil há alguns anos passou por um momento de baixa. A primeira exposição da área foi feita em 1974. Até a década de 90, tínhamos bienais e trienais em São Paulo e Porto Alegre. Já nos anos 2000, não tivemos mais. Agora, vivemos um novo momento de ressurgimento da arte têxtil e, com internet, foi possível fazer um evento como esse novamente".

 

Juan Ojea conclui: "O grande salto qualitativo não só na área têxtil mas em todas as áreas é a Internet. Ela deu caráter nacional a coisas que em outras circunstâncias seriam só de alcance local. O resultado do evento foi algo surpreendente. Primeiro achei que 50 pessoas era número grande e na verdade ficou pequeno. Tanto é que estamos pensando em fazer uma nova edição no ano que vem com 100 participantes".

A CASA indica

 

 

História da Moda no Brasil – Das Influências às Autorreferências

 

 

De autoria do professor e pesquisador João Braga e do jornalista e escritor Luís André do Prado, o livro será lançado no dia 7 de junho e traça a história da moda no país da proclamação da república aos dias atuais. A obra, aprovada na Lei Rouanet e patrocinada pelas lojas Pernambucanas, conta com vasto acervo de imagens e é composta por sete capítulos divididos em períodos: Belle Époque, Anos Loucos, Era do Rádio, Anos Dourados, Tropicália & Glamour, Anos Azuis e Supermercado de Estilos. Pyxis Editorial. 642 páginas. R$120,00. Saiba mais.

 

 

Missão de Pesquisas Folclóricas – Edição das Cadernetas de Campo


 

Em fevereiro de 1938, quatro pesquisadores e técnicos enviados pelo então diretor do Departamento de Cultura de São Paulo, Mário de Andrade, saíram da cidade rumo às regiões Norte e Nordeste do país. A viagem, que durou seis meses, registrou manifestações culturais e costumes diversos daquelas regiões por meio de escritos, gravações, filmes e fotografias. Um DVD-ROM contendo as cadernetas de campo, documentos, imagens e melodias coletadas acaba de ser editado pelo Centro Cultural São Paulo. Parte do conteúdo está disponível em hotsite especial. Veja aqui.

 

 

Mundo Guarani

 

 

Em parceria com o Povo Guarani, o Instituto de Estudos Culturais e Ambientais (IECAM) produziu uma série de sete pequenos vídeos de um minuto cada em que o cacique Cirilo Morinico e o líder espiritual Karai Adolfo falam sobre a cultura de seu povo, o relacionamento com os novos objetos tecnológicos, o envolvimento com a natureza e a prática do artesanato. Os vídeos foram transmitidos durante a programação da TVE ao longo do mês de abril e estão disponíveis aqui.

 

 

Arquitetura é destaque de três exposições em São Paulo.

No Instituto Tomie Ohtake, a exposição O Coração da Cidade - a invenção do espaço de convivência aborda o espaço de convivência como vigorosa proposta da arquitetura moderna brasileira para a democratização social. Já a mostra Arquitetura da Madeira para o século 21, no Museu da Casa Brasileira, pretende situar o panorama brasileiro no uso da madeira na construção como recurso de linguagem e opção tecnológica sustentável. Finalmente, a exposição Morada ecológica, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, reúne mais de 50 projetos de arquitetos de diversos países e discute a forma como a sustentabilidade vem influenciando a maneira de pensar as construções e desenvolvimento urbano na atualidade.


O Coração da Cidade - a invenção do espaço de convivência. Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés). São Paulo-SP. Telefone: 11 2245 1900. De terça a domingo, das 11h às 20h. Grátis. Até 03/06. Saiba mais.

 

Arquitetura da Madeira para o século 21. Museu da Casa Brasileira. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705. São Paulo-SP. Telefone: 11 3032-3727. De terça a domingo, das 10h às 18h. R$4,00 (entrada gratuita aos domingos e feriados). Até 19/06. Saiba mais.


Morada ecológica. Museu de Arte Moderna de São Paulo. Parque do Ibirapuera, portão 3 - s/nº. São Paulo-SP. Telefone: 11 5085 1300. Grande Sala. De terça a domingo, das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30). R$5,50 (entrada gratuita aos domingos). Até 26/06. Saiba mais.

 

 

Boa leitura

 

Em alguns dicionários da língua portuguesa ‘artesanato’ significa ‘arte do artesão’, e ‘artesão’ é sinônimo de artista, indivíduo que exerce sua própria arte. A expressão ‘trabalho artesanal’, por exemplo, usada para designar uma atividade ou processo que integra atividades intelectuais e manuais, pressupõe operações intelectuais e perícia técnica daquele que a executa. Contudo, os conceitos de artesanato e artesão impregnaram-se por uma interpretação histórica que os colocou em posição de inferioridade em relação às artes. Tal concepção preconceituosa tem lugar definido na história. O conceito de artesanato como arte ‘menor’ e de certa forma dissociada da ‘Arte’, com letra maiúscula, está marcado pelo pensamento ocidental europeizado.   

 

Adriana Russi

Cestaria, homem e natureza: a arte do trançado do Rio Juquiá-Guaçu

 

Leia o texto na íntegra


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