Editorial
A 53ª edição da newsletter traz um especial sobre o 3° Prêmio Objeto Brasileiro! Será possível conhecer melhor os objetos e projetos vencedores e a opinião do júri que os escolheu.
Aproveitamos para lembrar que no próximo dia 5 de novembro comemora-se o Dia Nacional do Design. Desde já, parabenizamos todos aqueles que contribuem para dar forma ao mundo à nossa volta.
Acontece
no
museu A CASA
Cunha
Gago, 807
Exposição 3° Prêmio Objeto Brasileiro

Exposição apresenta os objetos e projetos premiados e os de maior destaque do 3° Prêmio Objeto Brasileiro. De segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados, das 12h às 16h. Saiba mais.
entreVistas design + artesanato – Vol. II

Segundo volume do livro “entrevistas design + artesanato” reúne entrevistas realizadas com Adélia Borges, Alcides Ribeiro, Antonio Arantes, Auresnede Pires Stephan, Eronildes Correa de Menezes, Fernanda Martins, Jum Nakao, Luciana Vale, Luis Donisete Benzi Grupioni e Nido Campolongo. O livro está à venda no museu A CASA. R$ 30.
Proporção Áurea e Sustentabilidade no Design e Arquitetura, com Edson Tani

A palestra do artquiteto e designer Edson Tani irá abordar os padrões de crescimento proporcional da natureza em contraponto ao padrão de crescimento hiperbólico humano, indicando como o design e a arquitetura podem contribuir para um crescimento mais sustentável. Dia 26 de novembro, às 19h. R$ 25. Inscrições e informações através do telefone 11 3814 9711 ou pelo e-mail. Vagas limitadas.
www.acasa.org.br
Coleção Joia Contemporânea Brasileira: PERCURSO

Coleção apresenta joias de 24 artistas brasileiros selecionados pela curadora Miriam Mirna Korolkovas, além de um vídeo em que Amélia Toledo fala sobre seu trabalho. A coleção traz ainda um passeio virtual pela exposição Joia Contemporânea Brasileira: PERCURSO. Veja aqui.
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Especial 3º Prêmio Objeto Brasileiro
por Lígia Azevedo
3° Prêmio Objeto Brasileiro apresenta premiados entre candidatos de 25 estados
A diversidade e a riqueza do encontro entre design e artesanato no Brasil foram mais uma vez destacadas na terceira edição do Prêmio Objeto Brasileiro, que premiou o trabalho de artesãos, designers, comunidades tradicionais e estudantes de todo o país. Os grandes vencedores foram divulgados em cerimônia de premiação no último dia 17 de outubro, na sede do museu A CASA.
Criatividade, sustentabilidade, beleza, reaproveitamento, simplicidade, inventividade, inovação, ergonomia, funcionalidade e leveza foram alguns dos conceitos evidenciados nos objetos e projetos eleitos. Os jurados destacaram ainda a diversidade de materiais, técnicas, e múltiplas possibilidades de interface entre design, arte e artesanato encontrados nos candidatos.
O júri foi composto por Ademir Bueno, Mônica Moura, Paula Dib e Ricardo Gomes Lima, e coordenado por Renato Imbroisi.
Nesta terceira edição, houve um crescimento no número de inscritos e na representatividade geográfica da premiação, que agora abrange quase todo o território nacional. Foram 539 objetos e projetos de 25 estados brasileiros, sendo Roraima e Tocantins os únicos estados dos quais não houve inscritos. Na última edição, o Prêmio recebeu 398 objetos e projetos de 16 estados do país.
Os objetos ganhadores, menções honrosas e alguns finalistas podem ser vistos na exposição que está aberta até o dia 14 de dezembro na sede do museu. E, neste ano, a exposição vem com a novidade de permitir ao visitante interagir e experimentar os objetos expostos.
Veja abaixo a relação dos premiados:
CATEGORIA 1 - OBJETO DE PRODUÇÃO AUTORAL

1º Lugar
Mini Filetador Pet
Takashi Utsumi
Feito por um artesão paulista, este mini-filetador transforma garrafas de pet em fibras de espessuras variadas, que podem ser usadas na confecção de materiais artesanais diversos. Segundo o júri, a construção deste objeto está relacionada com o que ele pode transformar. Sugere o reaproveitamento do pet em milhares de situações e incentiva o reaproveitamento deste material que é tão abundante. Trata-se de um objeto criativo, simples, barato, de fácil acesso e fácil utilização, que não agride o meio ambiente. Todas essas características lhe garantiram o primeiro lugar na categoria.
2º Lugar
Coleção Sarrafada (Dondola, Ripida e Jota)
Estúdio Quasinovo
Conjunto de cadeiras coloridas tingidas com ceras naturais, feitas com sarrafos de pino e cedro reaproveitados da indústria de cenografia. A coleção foi escolhida pelo júri pelo reaproveitamento de materiais, exploração de pigmentos vegetais, além do desenvolvimento de uma estética diferenciada aliada a funcionalidade, ergonomia e conforto.
CATEGORIA 2 - OBJETO DE PRODUÇÃO COLETIVA

1º Lugar
Sapato Artesanal de Borracha
José Rodrigues de Araújo + Associação dos Moradores e Produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes de Assis Brasil (AMOPREAB)
Produto desenvolvido pela comunidade de seringueiros de Assis Brasil, no Acre. Para o júri, trata-se de um objeto surpreendente, ao usar a borracha na confecção de sandálias. Tem ainda um desenho interessante e diferente, fugindo dos referenciais comuns para este tipo de produto. O júri julgou também que o projeto está evoluindo muito no resultado do trabalho em termos de acabamento, exploração de cores e usabilidade.
2º Lugar
Bolsa Lagoa dos Patos
Karine Faccin Perufo + Colônia de Pescadores São Pedro Z-3
Bolsa feita a partir do reaproveitamento de redes de pesca, desenvolvida pela comunidade de pescadores da Lagoa dos Patos, em Pelotas (RS). Foi vencedor do segundo lugar por ser um produto feito a partir do reaproveitamento de um material do cotidiano da comunidade local e que tem grande apelo comercial, agrada a diversas pessoas de diferentes perfis e classes sociais. O júri também avaliou o mérito da coesão, articulação, organização e autonomia da comunidade nas diversas etapas de produção e comercialização.
CATEGORIA 3 - AÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL

1º Lugar
Cultura em Foco
Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação
Projeto desenvolvido com os artesãos de Santa Luzia do Itanhy, interior do Sergipe, com o objetivo de promover o aumento de ocupação e renda e garantir a auto-sustentabilidade da comunidade, qualificando a produção artesanal local com base na valorização dos elementos culturais desta região. Segundo o júri, o projeto preenche todos os critérios do prêmio para esta categoria, e se sobressai por explorar a variedade das fibras disponíveis, as diferentes possibilidades de técnicas, o uso dos materiais com uma estética diferente além de ter um tom muito comercial e simples. Destaca-se também pelo positivo retorno da comunidade em relação ao projeto, a inserção dos artesãos no processo comercial, a organização no âmbito da ação social e por seu caráter de ação permanente.
2º Lugar
A Gente Transforma
Rosenbaum Projetos e Decoração S/S LTDA
Projeto coordenado por Marcelo Rosenbaum através do qual foram desenvolvidas duas coleções – uma em borracha e outra em palha de carnaúba – com os artesãos do povoado de Várzea Queimada (Jaicós, Piauí). Segundo o júri, o projeto tem um aspecto de inovação e disseminação muito fortes. Apesar de ter sido uma ação pontual na comunidade, seu grande investimento na comunicação – através de um rico material gráfico e de vídeo – dá visibilidade e importância ao artesanato brasileiro como um todo. Permite que o projeto possa ter continuidade e abre portas também para outros grupos menores.
CATEGORIA 4 - NOVOS PROJETOS

Espreguiçadeira Mambu
Cristiane Tiburcio e Aline Masaracchia
A base desta espreguiçadeira é feita em compensado de bambu importado da China e, sobre ela, há uma almofada de lona de caminhão reciclada com enchimento de fibra de coco. Destacou-se especialmente pelas matérias-primas utilizadas.
Cadeira Coral
Tais Bechara e Fernando Nacarato
Cadeira feita com recortes de flutuador espaguete de piscina. O projeto foi premiado por seu teor de inovação, uso do material, colorido e desenho.
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A CASA indica
“A música é que chama os espíritos dos bonecos”: mamulengos em Glória do Goitá

Últimos dias! Sala do Artista Popular apresenta mamulengos produzidos em Glória do Goitá, Pernambuco. Os bonecos também estão à venda na loja do museu. Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. Rua do Catete, 179. Catete. Rio de Janeiro-RJ. De terça a sexta, das 11h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h. Até 04/11. Saiba mais.
Re-design: brasileiros e holandeses experimentam descartes

Com curadoria de Mara Gama e Joanna van der Zanden, exposição reúne artistas e designers brasileiros e holandeses para mostrar o potencial dos resíduos sólidos como materiais construtivos e criativos. Museu da Casa Brasileira. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705. São Paulo-SP. Telefone: 11 3032 3727. De terça a domingo, das 10h às 18h. Até 25/11. Saiba mais.
Projeto corrente – exposição virtual

Concebido pela designer de joias Marina Sheetikoff, o projeto reuniu dezenas de correntes criadas por diferentes artistas numa grande peça única. O resultado será apresentado em exposição virtual a partir do dia 02/11. Veja aqui.
DVD "Modos do Fazer" - Alagoa Nova/PB

Vídeo do Artesanato Solidário apresenta a produção de bordados em Alagoa Nova, Paraíba. Organizadas em torno da Cooperativa das Bordadeiras de Alagoa Nova, cerca de 25 mulheres produzem toalhas, jogos americanos e outros produtos da linha de cama e mesa com a técnica do ponto-cheio. Veja aqui.
Boa
leitura
A cabaça deixa de ser representada junto ao homem e a sociedade e passa a ser suporte artístico na criação de artistas contemporâneos. Esses foram cuidadosamente selecionados, pela forma de relação do fruto por meio do sagrado, do som, do movimento, da luz e imagem, da instalação e da arte da rua – o grafite.
A arte exige do espectador uma interpretação, que é individual e única, por que o símbolo tem o seu lado oculto. A relação na comunicação entre o artista e a obra, a obra e o espectador, o espectador e o artista parecem ser desvelados no momento em que a obra é vista e passa a fazer parte do imaginário de alguém. No espaço virtual e imaginário do espectador, surgem os desenhos, as imagens, os cenários e as fantasias, que passam a fazer parte de sua vivência.
Com olhos e intuição voltados ao movimento artístico latino- americano observo a multiplicidade de aspectos que envolvem a cabaça nesse circuito de arte.
Moira Anne Bush Bastos
Poética da Cabaça nas manifestações artísticas
Capítulo da dissertação Poética da Cabaça: Fruto de tradição, arte e comunicação, submetida à Universidade Estadual Paulista (UNESP) como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Artes.
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