Faça seu Login para que possamos configurar a navegação de acordo com as suas preferências.
Não está cadastrado?Clique aqui.

BIBLIOTECA

ARQUIVO:
COLEÇÕES
BIBLIOTECA
VIDEOTECA
EXPOSIÇÕES VIRTUAIS
SOCIOAMBIENTAL
A CASA E O MUNDO

MATÉRIA DO MÊS

NA CABEÇA

Publicado por A CASA em 25 de Maio de 2010


Diminuir o texto Tamanho da letraAumentar o texto

Os chapéus de Silvia Lucchi estavam guardados há muito tempo. Agora, vem à público na exposição "Na cabeça", que será inaugurada no dia 26/5, às 19h30, em A CASA museu do objeto brasileiro.

Silvia Lucchi nasceu em São Paulo em uma família de imigrantes italianos. Depois de alguns anos estudando arquitetura, decidiu viajar à Itália em 1980 para continuar seus estudos. De volta ao Brasil, coordenou o departamento de estilo da Zoomp e foi estilista da Fiorucci, além de desenvolver trabalhos independentes. Mas logo retornou à Europa e lá permaneceu durante dez anos. Desde 2005 mora em Marília, interior de São Paulo.

Durante os últimos 20 anos, Lucchi criou inúmeras coleções de chapéus que foram apresentadas em Paris e Milão e vendidas nos EUA, Europa e Japão. A partir do dia 26/05, o público brasileiro poderá acompanhar de perto a memória desta produção. "De 1995 a 2005, período que estive na Europa, tem uma grande produção que ninguém conhece". O contexto italiano influiu de forma decisiva em seu trabalho. "Tudo o que fiz na Itália tem uma qualidade enorme. Só se consegue fazer uma coisa dessas quando se está num lugar assim".

As criações de Silvia Lucchi geralmente não nascem no papel, no desenho, mas principalmente a partir das texturas e dos materiais que tem à disposição. Materiais que são, grande parte das vezes, desenvolvidos pela própria designer. "Quando eu estava na Itália, passava o dia misturando os fios para chegar aos materiais". Cada pedaço de restos de materiais caídos no chão pode servir de inspiração para novos materiais ou formas, e o resultado é uma grande variedade de chapéus originais e criativos. "Meu trabalho era justamente fazer um produto interessante para ser usado a partir de materiais inusitados".

Pode parecer anacrônico falar em chapéus no Brasil do século XXI, já que são poucas as pessoas que ainda os utilizam. Os chapéus não estão ultrapassados? De acordo com Luchhi, não. Muito pelo contrário. Para ela, chapéus são comumente usados de duas formas. "Ou as pessoas usam uma coisa super diferente, para que sejam notadas, ou é o chapéu do dia a dia, para proteger do sol ou embalar quando está frio". Mas, atualmente, há novos significados. "As pessoas estão assumindo uma identidade própria e, nesta tentativa de encontrar o seu personagem, o chapéu é um grande acessório", afirma. Para a designer, o chapéu adjetiva o look. "É exatamente por isso que tem espaço para voltar".