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Fios que viram tramas, que viram imagem

Publicado por A CASA em 1 de Junho de 2010


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Na Cabeça
Fios que viram tramas, que viram imagem
Aficionada por chapéus, designer paulista expõe seu trabalho na Casa Museu do Objeto Brasileiro

Liana D" Menezes
Da Editoria

Feche os olhos e imagine Richard Blane, de Humphrey Bogart em Casablanca, Napoleão Bonaparte,Santos Dumont, Fernando Pessoa, John Lennon, Indiana Jones, Sherlock Homes ou mesmo o lendário Virgulino Lampião, sem os inseparáveis chapéus. Certamente eles não entraram para a história por conta desse acessório, mas sem dúvida, conseguiram agregar ao seu perfil, mais que uma performática referência.

Historiadores dão conta que o chapéu surgiu por volta volta do ano 4 mil a.C. no antigo Egito, na Babilônia e na Grécia, "quando o uso de faixas na cabeça tinha a finalidade de prender e proteger o cabelo. E como primeiro acessório efetivamente usado, o Pétaso, 2 mil anos depois, tendo perdurado na Europa por toda a Idade Média (de 476 a 1453).

Sempre encantador,

Transformar conceitos e ideias em produtos. Essa é a linha que motivou e permeou a mostra de chapéus da designer Silvia Lucchi, que volta a morar no Brasil depois de viver 10 anos na Europa. A Mostra Na Cabeça, reúne em torno de 200 chapéus e pode ser conferida na Casa Museu do Objeto Brasileiro, em São Paulo, até 27 de agosto.

Sobre o processo de criação, a designer deixa transparecer em cada peça, a carga apaixonada inerente ao criador diante da criatura. As peças, revela, geralmente não nascem no papel e nem no desenho, mas a partir do material. "O meu processo criativo muitas vezes começa pelo material; a criação de tramas e texturas que combinadas com a experimentação na fábrica, gera muitos pilotos. Em geral o desenho faz parte do processo mas ele acontece em vários momentos deste processo". Silvia cria chapéus compulsivamente, confessa, "obsessivamente".

Na mostra também poderão ser conferidos os pilotos a que a designer se refere e chapéus especiais, peças únicas para vitrines e shows

O começo- O trabalho de Silvia Lucchi é conhecido no Brasil especialmente na década de 1980, quando trabalhou para grifes como ZOOMP e Fiorucci, criando inúmeras peças. Mas foi um convite de Paulo Borges para o Look of the Year que a designer entrou para o universo das artes cênicas na criação de chapéus em escala teatral.

Estudou em diversas escolas. Passou 5 anos em Florença e depois se mudou para Milão, onde estudou Moda na Academia Domus, sob a direção de Gianfranco Ferré. Em 1987 completou o Masters Degree com uma tese sobre o busto feminino. O projeto procura transformar conceitos e ideias em produtos, e na realidade é a primeira pesquisa séria que envolve chapéus.

No Brasil realizou e apresentou 150 peças únicas de roupa na Galeria Simultânea, onde nasceu o primeiro chapéu, modelado em feltro, mimetizando o penteado masculino, ondulado e dividido de lado.

Serviço: Na Cabeça, exposição de Silvia Lucchi, na Casa Museu do Objeto Brasileiro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. Entrada Franca. Rua Cunha Gago, 807, Pinheiros, São Paulo. Mais informações: 55 11 3814-9711. www.acasa.org.br


Fonte: http://www.gazetadigital.com.br/