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AÇÃO SOCIOAMBIENTAL

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Projeto Veredas


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Histórico do grupo / associação:

    Uma região com poucas oportunidades de trabalho e onde as tradições da fiação artesanal, do tingimento com corantes naturais e da tecelagem pouco a pouco haviam perdido seu valor, é hoje um pólo produtivo onde 5 associações trabalham em cadeia com demanda local e nacional. Essa é a trajetória projeto Pólo Veredas, que reúne as localidades de Uruana de Minas, Sagarana (Arinos), Riachinho, Bonfinópolis e Natalândia (MG), ganhador na categoria Ação Sócio-Ambiental do 1° Prêmio Objeto Brasileiro.

     

    Com apoio das prefeituras e parceria com Sebrae e Ministério da Integração Nacional, em 2002 o Artesanato Solidário (ArteSol) iniciou na região um trabalho de recuperação e revalorização do fazer artesanal, buscando gerar renda e melhorar a auto-estima das artesãs. Propôs melhorias nos produtos, organizou o trabalho coletivo, divulgou e ampliou o mercado. “Foi um dos projetos mais significativos e bem sucedidos do ArteSol. Tem a experiência de uma cadeia produtiva, tem escala. O projeto tem cerca de 180 mulheres, coisa bastante rara nas iniciativas populares. Tem uma linha própria de produtos muito identificada com o grupo. Mesmo com a presença de designers no projeto, o produto expressa uma identidade local marcante, sobretudo na questão do tingimento com corantes naturais, que dão tons terrosos que remetem à região”, conta Helena Sampaio, coordenadora do ArteSol.

     

    As designers Bia Cunha, Mara Udler e Mercedes Monteiro entraram como orientadoras para o desenvolvimento e/ou adequação dos produtos. Isso, sem interferir nas antigas técnicas manuais. Não só o fazer, mas as tradições locais também são mantidas. Como a tradição dos mutirões, em que as mulheres se reúnem entre cantorias e repentes para fiar e tecer. As mãos traduzem para o trabalho a vegetação típica do cerrado: a cartela de cores é variada e sazonal, baseada em tons locais alcançados com corantes naturais – como ferrugem, casca de cebola, folhas de árvores frutíferas e serragem de madeiras da região.

     

    “Estamos hoje com 180 artesãs, mas se precisar de 880, a gente arranja. Porque aqui todo mundo faz isso. Elas já faziam a linha para fazer a roupa da casa mesmo, roupa de cama, de mesa, vestuário. Pararam com o tempo, com a construção de Brasília e o crescimento de algumas cidades vizinhas, que passaram a ter porte médio e oferecer outras oportunidades de emprego. Quando iniciamos o projeto, começamos com cerca de 60 artesãs. Muitas voltaram a fiar pela questão da nostalgia, porque era algo que a avó ou a mãe tinham ensinado, mas não tinham uma produção em grande número, regular. Quando começou a chegar encomendas grandes, decidimos que precisavam aumentar os núcleos e fazer uma produção mais contínua em maior quantidade”, conta Luciana Vale, consultora do projeto.

     

    Vendido a nível local e nacional, em feiras e sob encomenda, os produtos vão de xales, mantas de sofá e cortinas, a caminhos de mesa, jogos americanos e fios de algodão. As associações têm gestão administrativa própria e distribuem entre elas o dinheiro ganho com a produção. “Nos últimos dois meses, o projeto movimentou em torno de 18 mil reais. A idéia é que o Pólo consiga gerar cerca de 15 mil por mês, para remunerar todo mundo”, conta Luciana. “Desde fevereiro deste ano, o ArteSol não está mais aqui. Estou acompanhando o projeto até novembro via Sebrae, mas depois vamos ficar mais de longe, porque temos que dar autonomia ao grupo. Mas elas já estão bem firmes e conscientes, já conseguem fazer muita coisa sozinhas”, conclui.

TECENDO NOVOS CAMINHOS NO SERTãO :

    Uma região com poucas oportunidades de trabalho e onde as tradições da fiação artesanal, do tingimento com corantes naturais e da tecelagem pouco a pouco haviam perdido seu valor, é hoje um pólo produtivo onde 5 associações trabalham em cadeia com demanda local e nacional. Essa é a trajetória projeto Pólo Veredas, que reúne as localidades de Uruana de Minas, Sagarana (Arinos), Riachinho, Bonfinópolis e Natalândia (MG), ganhador na categoria Ação Sócio-Ambiental do 1° Prêmio Objeto Brasileiro.

    Com apoio das prefeituras e parceria com Sebrae e Ministério da Integração Nacional, em 2002 o Artesanato Solidário (ArteSol) iniciou na região um trabalho de recuperação e revalorização do fazer artesanal, buscando gerar renda e melhorar a auto-estima das artesãs. Propôs melhorias nos produtos, organizou o trabalho coletivo, divulgou e ampliou o mercado. “Foi um dos projetos mais significativos e bem sucedidos do ArteSol. Tem a experiência de uma cadeia produtiva, tem escala. O projeto tem cerca de 180 mulheres, coisa bastante rara nas iniciativas populares. Tem uma linha própria de produtos muito identificada com o grupo. Mesmo com a presença de designers no projeto, o produto expressa uma identidade local marcante, sobretudo na questão do tingimento com corantes naturais, que dão tons terrosos que remetem à região”, conta Helena Sampaio, coordenadora do ArteSol.

    As designers Bia Cunha, Mara Udler e Mercedes Monteiro entraram como orientadoras para o desenvolvimento e/ou adequação dos produtos. Isso, sem interferir nas antigas técnicas manuais. Não só o fazer, mas as tradições locais também são mantidas. Como a tradição dos mutirões, em que as mulheres se reúnem entre cantorias e repentes para fiar e tecer. As mãos traduzem para o trabalho a vegetação típica do cerrado: a cartela de cores é variada e sazonal, baseada em tons locais alcançados com corantes naturais – como ferrugem, casca de cebola, folhas de árvores frutíferas e serragem de madeiras da região.

    “Estamos hoje com 180 artesãs, mas se precisar de 880, a gente arranja. Porque aqui todo mundo faz isso. Elas já faziam a linha para fazer a roupa da casa mesmo, roupa de cama, de mesa, vestuário. Pararam com o tempo, com a construção de Brasília e o crescimento de algumas cidades vizinhas, que passaram a ter porte médio e oferecer outras oportunidades de emprego. Quando iniciamos o projeto, começamos com cerca de 60 artesãs. Muitas voltaram a fiar pela questão da nostalgia, porque era algo que a avó ou a mãe tinham ensinado, mas não tinham uma produção em grande número, regular. Quando começou a chegar encomendas grandes, decidimos que precisavam aumentar os núcleos e fazer uma produção mais contínua em maior quantidade”, conta Luciana Vale, consultora do projeto.

    Vendido a nível local e nacional, em feiras e sob encomenda, os produtos vão de xales, mantas de sofá e cortinas, a caminhos de mesa, jogos americanos e fios de algodão. As associações têm gestão administrativa própria e distribuem entre elas o dinheiro ganho com a produção. “Nos últimos dois meses, o projeto movimentou em torno de 18 mil reais. A idéia é que o Pólo consiga gerar cerca de 15 mil por mês, para remunerar todo mundo”, conta Luciana. “Desde fevereiro deste ano, o ArteSol não está mais aqui. Estou acompanhando o projeto até novembro via Sebrae, mas depois vamos ficar mais de longe, porque temos que dar autonomia ao grupo. Mas elas já estão bem firmes e conscientes, já conseguem fazer muita coisa sozinhas”, conclui.